Megaoperação deflagrada no início da
manhã desta sexta-feira (2) resultou na desarticulação da quadrilha responsável
pelo tráfico de drogas no Recôncavo Baiano. Após dois meses de investigações,
policiais iniciaram o cumprimento de 11 mandados de prisão contra o grupo
liderado pelo criminoso conhecido como Leo Gado, flagrado na comunidade de São
Roque do Paraguaçu, em Maragogipe.
Escondidos em casas de uma mata de
difícil acesso ainda no início da manhã, os bandidos reagiram à ação policial e
acabaram atingidos. Encaminhados aos hospital da região, seis deles não
resistiram aos ferimentos. Entre eles estão os procurados pela polícia
conhecidos como Leo Gado, Piel, Dal e Zoio e outros dois homens ainda não
identificados. Os nomes dos acusados serão divulgados após identificação no
Departamento de Polícia Técnica. Outros quatro suspeitos foram presos e
encaminhados à DT de Maragogipe.
Com a quadrilha, conhecida pela
elevada violência realizada em seus crimes, principalmente contra os rivais,
foram apreendidos
duas submetralhadoras 9 milímetros,
duas espingardas calibre 12, uma pistola calibre 45, uma pistola e três
carregadores nove milímetros,um revólver calibre 38, um revólver calibre 22,
além de aproximadamente 5 mil pedras de crack, 5 mil pinos de cocaína, 34
tabletes de maconha e R$ 4.710.
"Com a intensificação das ações
de repressão ao tráfico em Salvador, percebemos que algumas quadrilhas estão
tentando se enraizar em pequenas localidades na ilusão de que a polícia não vá
cumprir o seu papel. Esta operação é uma das provas de que a polícia baiana
está unida e não vai permitir que a população seja acuada por qualquer
organização criminosa", afirmou o secretário da Segurança Pública,
Maurício Teles Barbosa.
A ação, comandada pela Força-Tarefa
da Secretaria da Segurança Pública e unidades do Batalhão de Operações
Policiais Especiais, Grupamento Aéreo da Polícia Militar, do Departamento de
Polícia do Interior, através da Delegacia Territorial de Maragogipe, e da
Coordenação de Aviação Operacional da Polícia Federal (CAOP), teve a
participação de aproximadamente 130 policiais. As equipes utilizaram o auxílio
de lanchas e aeronaves devido ao difícil acesso aos locais onde os bandidos
estavam escondidos.
Além responsável pelo tráfico de
drogas em boa parte dos municípios do recôncavo, a quadrilha também é acusada
de ter participação em vários assaltos a banco.