Um casal testemunhava seu passado de drogas e crimes em uma
igreja evangélica em Manaus (AM) quando foram presos por policiais disfarçados
que já tinham a informação de que Raissam de Souza Miranda, 19, e a mulher dele
Denize Araújo Cândido, 23, grávida de três meses, estavam na igreja. No
testemunho eles afirmavam que já haviam participado de vários homicídios,
Miranda chegou a dizer que a primeira vez que praticou um assassinato ele tinha
apenas 10 anos. O casal é suspeito de participar da morte do protético dentário
Ildo Lopes da Silva, 53, que foi assassinado em agosto deste ano e encontrado
com sinas de tortura pelo corpo. “Nossos policiais receberam uma informação que
o casal estava participando de um culto.
Os investigadores foram até a igreja,
se passaram por fiéis e prenderam Raissam e Denize com o mandado de prisão”,
disse o delegado Ivo Martins. Os dois suspeitos não agiam sozinhos, por isso a
polícia busca informações do primo de Raissam, José Bento da Rocha Neto, 18,
que está foragido e dois adolescentes que também participaram do assassinato do
protético dentário. Raissam confessou que estava junto com a quadrilha que
matou Ildo Lopes, mas disse apenas que amarrou com fios elétricos.
“Quando eu
sai de lá ele ainda estava vivo. Eu tinha usado cocaína, maconha e ‘loló’. Não
roubamos nada dele. A primeira vez que matei tinha 10 anos”, disse o criminoso.
Denize afirmou que ficou fora de casa naquele dia porque estava passando mal
por conta das drogas. “Descobrimos na igreja, que Raissam participou de um
homicídio em 2006, ainda estamos fazendo levantamentos das outras mortes que
ele participou aqui na capital”, afirmou Martins. Raissam e Denize foram
indiciados por homicídio qualificado, o delegado explicou que não configurou
latrocínio porque os suspeitos foram ao local com a intenção de matar o
protético e só depois roubá-lo.
Após serem apresentados na delegacia para
prestar depoimento, Raissam foi encaminhado a Cadeia Pública Desembargador
Raimundo Vidal Pessoa, no Centro, em Manaus, e Denize ao Centro de Detenção
Provisória Feminino (CDPF), no quilômetro 8, da Rodovia BR-174. Com
informações: D24am