quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Assassinato de família em Ferraz de Vasconcelos ainda não tem suspeitos, diz delegado do DHPP


O delegado do DHPP (Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa) Itagiba Franco, que assumiu a investigação do assassinato da família em Ferraz Vasconcelos, disse nesta terça-feira (17) que ainda não há suspeitos para os crimes. De acordo com Franco, o namorado de Dina Vieira da Silva, mãe das crianças, foi detido para averiguação. Ele será ouvido novamente nesta terça-feira, na sede do DHPP.

— Só o namorado é investigado, mas não é certeza. É só averiguado [...] Não há suspeito nenhum por enquanto.

Ainda de acordo com o delegado, a polícia não sabe por que os cinco corpos estavam sem a parte debaixo das roupas.

— Não [há indícios de violência sexual]. Isso tudo é um conjunto que vai ser analisado [...] Vamos começar a ouvir o pessoal para ter noção do que pode ter acontecido.

Depois de sair do condomínio onde a família morava, Itagiba também afirmou que a única hipótese que foi descartada é de que a mulher tenha se matado depois de assassinar os filhos. Outras pessoas serão ouvidas o DHPP.

Os corpos de Dina Vieira da Silva, de 42 anos, Karina Rosa da Silva Lopes, de 16, Carlos Daniel da Silva Lopes, de 12, Caroline Laura da Silva Lopes, de 11 e Vitoria Cristina Vieira da Silva, de 7, foram encontrados dentro da casa da família na madrugada desta terça-feira. A polícia acredita que a família pode ter sido envenenada com bolo e suco. Vários exames foram solicitados, inclusive o toxicológico, para complementar o inquérito.

De acordo com o boletim de ocorrência, o namorado de Dina, que é boliviano, afirmou que chegou ao apartamento, bateu na porta e ninguém atendeu. Então, ele teria dado a volta pela sacada e viu as duas crianças caídas na sala e pediu ajuda para arrombar a porta.


O representante da associação de moradores do condomínio, Dorival Garcia, afirmou que as imagens das câmeras de segurança foram disponibilizadas para a polícia. Os vídeos registram o momento em que o boliviano entra no condomínio de carro sem ser anunciado. Não havia câmera na entrada do prédio da família.