O
major-brigadeiro José Carlos de Miranda Corrêa morreu no último domingo, aos 93
anos, no Hospital Central da Aeronáutica (HCA), onde estava internado. Miranda
Corrêa integrou o 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) durante a Segunda
Guerra Mundial, na Itália, como piloto de combate e oficial de informações.
Entre 13 de novembro de 1944 e 3 de janeiro de 1945, ele cumpriu oito missões
de guerra. Segundo a FAB, ele era o último dos pilotos veteranos da Segunda
Guerra vivo. Antes de combater na Itália, o então tenente aviador Miranda
Corrêa realizou seu treinamento como piloto de combate nos Estados Unidos e no
Panamá. Após regressar ao Brasil, permaneceu no 1º GAVCA, sediado na Base Aérea
de Santa Cruz. Posteriormente, realizou o curso de engenheiro aeronáutico e
atuou como diretor de Engenharia na Diretoria do Material e na Diretoria de Rotas.
Morando no Canadá, atuou na Internacional Civil Aviation Organization (ICAO),
na cidade de Montreal. Ao longo de sua carreira, o major-brigadeiro recebeu
diversas condecorações, incluindo a Cruz de Aviação - Fita A, a Campanha da
Itália, a Campanha Atlântico Sul, a Ordem do Mérito Aeronáutico, e a Medalha
Mérito Santos Dumont. Além, disso, recebeu três honrarias do governo americano
por sua atuação na Segunda Guerra Mundial, a Distinguished Flying Cross (por
ter afundado um submarino alemão na costa do Rio de Janeiro), a Presidential
Unit Citation e a Bronze Star. O major-brigadeiro Miranda Corrêa deixa a viúva
Maria Eliane Pires Chaves e dois filhos. Seu corpo foi sepultado na tarde desta
segunda-feira no cemitério São João Batista, no Rio.