O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, adotou ontem
no Twitter uma postura de vítima após a onda de protestos em frente a sua
residência por seu impeachment e do flagra do uso de helicóptero do governo
para transportar a família e amigos.
Ameaçado publicamente, o peemedebista conclui que a aliança
PT-PMDB no Rio neste novo cenário se impõe – ainda mais diante do crescente
assédio do senador Aécio Neves (PSDB), candidato a presidente, sobre Fernando
Gabeira, o que garantiria um forte palanque ao tucano no Estado. Diante disso,
avaliou com aliados que o retorno de Lula é fundamental para impedir a derrota
dos dois partidos em nível estadual e nacional.
Segundo reportagem do Valor, na ideia de Cabral, a volta de
Lula o torna automaticamente o nome preferencial do partido para ser seu vice e
abre espaço para o acordo no Rio. Inclusive com a possibilidade de o senador
Lindbergh Farias (PT-RJ) ser o cabeça de uma chapa que inclua o atual vice de
Cabral e pré-candidato do PMDB ao governo, Luiz Fernando Pezão. Até as
manifestações, o PMDB do Rio ameaçava não apoiar a reeleição de Dilma Rousseff
à Presidência devido à insistência do PT em querer lançar Lindbergh. Agora o
cenário é outro