A Coreia do Norte fez novas ameaças contra a Coreia do
Sul nesta terça-feira, prometendo "marretadas" de retaliação se os sul-coreanos
não pedirem desculpas pelos protestos contra Pyongyang realizados no dia
anterior, quando o Norte estava comemorando o nascimento de seu fundador. No
entanto, para um oficial militar americano, o regime norte-coreano está apenas
procurando uma maneira de arrefecer sua retórica belicosa após semanas de avisos
de guerra. Na segunda-feira, o Norte retraiu suas estridentes ameaças contra os
Estados Unidos e a Coreia do Sul ao comemorar o aniversário de 101 anos de
nascimento de seu primeiro líder, Kim Il-sung, aumentando as esperanças de um
abrandamento das tensões em uma região que por semanas parecia à beira de um
conflito. A insinuação de uma volta ao confronto retórico acontece depois de
ofertas de negociações com o isolado Norte, vindas tanto dos Estados Unidos como
da Coreia do Sul. Porém, a agência de notícias oficial da Coreia do Norte, KCNA,
disse nesta terça-feira que o Exército norte-coreano emitiu um ultimato ao Sul
depois de protestos sul-coreanos na segunda-feira, nos quais retratos de líderes
da Coreia do Norte foram queimados. "Nossa retaliação vai começar sem qualquer
aviso a partir de agora", disse a KCNA, citando líderes militares da República
Popular Democrática da Coreia (RPDC), como a Coreia do Norte é oficialmente
conhecida. Também nesta terça-feira, um helicóptero militar dos Estados Unidos
caiu perto da fronteira com a Coreia do Norte, sem provocar vítimas, informou
uma fonte do ministério sul-coreano da Defesa. O helicóptero, identificado pela
agência Yonhap como um UH-60 Black Hawk, caiu no condado Cheolwon, fronteiriço
com a Coreia do Norte. A causa da queda ainda não foi identificada, mas o
incidente aconteceu durante manobras militares conjuntas dos Estados Unidos com
a Coreia do Sul. A agência Yonhap afirmou que os 12 oficiais a bordo do aparelho
sobreviveram ao incidente, que aconteceu em um momento de grande tensão com
Pyongyang.A Coreia do Norte critica os exercícios conjuntos, que considera
manobras que preparam uma invasão, e ameaçou com represálias.