A noite deste sábado (28) parou o Brasil. Em jogo, o cinturão
dos pesos médios (84 kg), que passou anos em poder de Anderson Silva e lhe foi
tirado em julho após a derrota para Chris Weidman, não voltou para o País.
Em um dos momentos mais dramáticos da história do UFC,
Anderson Silva fraturou a canela ao aplicar um forte chute baixo em Chris
Weidman e permaneceu estirado por alguns minutos antes de ser levado ao
hospital mais próximo da Arena MGM, em Las Vegas.
Pior no primeiro round da luta principal da edição 168 do
torneio, o brasileiro parecia mais concentrado do que o costume e, assim como
no primeiro encontro, estava retomando o domínio das ações da segunda etapa,
quando, ao aplicar mais um forte chute baixo de esquerda, colidiu com a perna
do rival.
Com a fratura visível, a plateia e seu rival pareceram
incrédulos e esperaram o ex-campeão ser retirado de maca para exibir qualquer
manifestação. Por sua vez, os brasileiros presentes no ginásio, apoiaram o
atleta com aplausos.
A luta
Mais concentrado do que em sua última apresentação, Anderson
não brincou em nenhum momento, mas levou a pior no primeiro assalto. Depois de
ser colocado para abaixo, o Spider levantou rapidamente e tentou imprimir seu
ritmo em pé.
No entanto, o ex-campeão dos pesos médios (84 kg) sofreu um
knock down enquanto tentava uma joelhada e, a partir daí, passou a sofrer
fortes golpes no ground and pound, terminando o primeiro round em clara
desvantagem.
Assim que a segunda etapa teve início, o atleta brasileiro
imprimiu maior dinâmica na luta em pé e passou a aplicar fortes chutes baixos,
que iam de encontro às coxas do rival. Após acertar três golpes contundentes,
Anderson aplicou o chute derradeiro.
No momento em que encostou-se à canela do oponente, o osso da
perna esquerda do brasileiro quebrou e o membro dobrou, deixando o público de
queixo caído. Até o próprio campeão não sabia se comemorava ou se se agachava
para prestar socorro ao maior nome do UFC da história.
Claro, o americano ficou constrangido ao ser declarado
campeão e ver o cinturão ser entregue mais vez. Talvez por isso, Weidman
declarou apoio ao momento delicado do ex-campeão que, lesionado, deve ficar, no
mínimo, seis meses parado.