A decisão foi tomada durante uma
reunião entre representantes da Secretaria Municipal de Segurança e da estatal
na manhã desta sexta-feira (27).
A polêmica sobre as entregas de encomendas começou no dia 19,
quando uma liminar da Justiça proibiu o serviço em 73 áreas de Campinas, Sumaré
e Jundiaí. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), diante
dos constantes assaltos aos carteiros. Os Correios conseguiram derrubar a
liminar na véspera do Natal.
Não é escolta
Segundo a Prefeitura, o trabalho da Guarda será um reforço de
ronda nos lugares onde a empresa fará as entregas e que não se trata de
escolta. O monitoramento será feito até 20 de janeiro, quando a escolta
particular do Correios começa a acompanhar os carros durante as entregas.
A assessoria da Guarda Municipal informou que o efetivo
destinado ao auxílio aos Correios não será divulgado. A corporação admite que
essa não é a função primordial da Guarda, criada para resguardar o patrimônio
público municipal, mas que foi a medida encontrada para resolver um problema
emergencial. Em novembro, o efetivo da corporação era de 697 pessoas. A
Secretaria de Segurança informou que vai receber dos Correios uma lista com os
bairros que os carteiros vão circular para que possa haver o reforço.
Briga judicial
Nesta sexta-feira, o MPT afirmou, em nota oficial, que vai
recorrer da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de suspender a
liminar que proibia as entregas nas áreas de risco. De acordo com a assessoria
de imprensa do órgão, o recurso para que a liminar volte a valer será impetrado
no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília (DF), nos próximos dias.
Estatística
De acordo com o sindicato dos carteiros, foram cerca de 200
casos de roubos a funcionários nos três municípios com as proibições de
entregas em 2013.
Contrato de escolta
Em nota, o Correios afirmou que as entregas seguem
normalmente e que o contrato com a empresa de escolta foi assinado no dia 23. G1