Além dos confrontos entre Brigada Militar e ativistas, o protesto desta segunda-feira (24) em Porto Alegre também teve espaço marcado pela solidariedade entre a população. Após passar mal com o gás lacrimogêneo jogado pelo Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar, um idoso de 76 anos foi socorrido imediatamente por moradores da Casa do Estudante Universitário, na Rua Riachuelo, Zona Central de Porto Alegre. Com a demora de 35 minutos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, ele encontrou apoio nos jovens, que abriram as portas para ajudá-lo.
"Ele ficou sem ar e foi carregado por manifestantes. Então a gente pediu para ele entrar. Nós aqui sentimos muito o gás devido aos confrontos próximos", contou Manoela da Rosa, moradora do local. Segundo a estudante, quem estava em frente à casa não atacou a polícia.
Quando a ambulância chegou, Alfredo, como se apresentou aos jovens, já estava melhor. Ele conseguiu até acenar para os manifestantes, gerando aplausos de todos Confronto em Porto Alegre
Depois de mais de uma hora de caminhada pacífica pelas ruas da região central de Porto Alegre no início da noite, um grupo se separou e cometeu atos de vandalismo no bairro Cidade Baixa. De acordo com o Centro Integrado de Comando da Capital (Ceic), 15 pessoas foram presas depois do confronto e pelo menos cinco passaram mal e foram ao HPS. Além da depredação, minutos depois, um grupo entrou em confronto com a polícia na Avenida Borges de Medeiros.
Na última quinta-feira (20), a manifestação contou com a participação de cerca de 20 mil pessoas. Após começar de forma pacífica, atos de vandalismo foram registrados. De acordo com o governador Tarso Genro, ações de segurança foram planejadas durante todo o dia para proteger a cidade de novas depredações.
