quarta-feira, 19 de junho de 2013

Dois guardas civis metropolitanos foram feridos na ação ação Centro de SP.


Depois do tumulto registrado em frente ao prédio da Prefeitura de São Paulo, nesta terça-feira (18), durante os protestos contra o aumento das tarifas do transporte na capital, o governo municipal informou que dois guardas civis metropolitanos foram feridos na ação dos manifestantes. Um deles foi atendido no posto médico da prefeitura e levou nove pontos na cabeça. O outro teve uma contusão no rosto.

Por meio de nota, a Prefeitura relatou ainda que houve tentativa de invasão pelo saguão do terceiro andar, no Viaduto do Chá, e vidros foram quebrados durante os protestos. Também foi registrada uma tentativa de invasão pelo segundo andar, na Rua Dr. Falcão. Um levantamento dos danos materiais será feito na quarta-feira (19).

Cerca de 100 homens da Guarda Civil Metropolitana fazem a segurança dentro do prédio da Prefeitura, sob comando do secretário de Segurança Urbana, Roberto Porto. A equipe de comunicação está de plantão, assim como parte do secretariado e funcionários do gabinete do prefeito.Também estão dentro do edifício alguns repórteres e fotógrafos de veículos de comunicação. Já o prefeito Fernando Haddad deixou o edifício por volta das 17h30 para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e foi orientado a não retornar ao edifício.


6º dia de protestos
São Paulo vive a sexta passeata contra o aumento das tarifas no transporte público. O protesto desta terça ocorre de forma pacífica na região da Avenida Paulista, mas atos de vandalismo foram registrados em frente ao prédio da Prefeitura no fim da tarde e início da noite.

No edifício, vidros foram quebrados e paredes foram pichadas. Do lado de fora, na região do Viaduto do Chá, um carro de uma equipe de reportagem e um posto policial foram incendiados pelos manifestantes. Um banco também foi depredado. A Rede Record de Televisão informou, em nota, que "todos os profissionais que trabalhavam na transmissão ao vivo das manifestações em São Paulo escaparam ilesos do incêndio no caminhão usado para a captação de imagens". A emissora também disse lamentar o episódio de violência de “pequenos grupos”.


Mais cedo, em reunião com o Conselho da Cidade, Haddad admitiu pela primeira vez que poderia rever o valor da tarifa dos ônibus. Ele esteve reunido pela manhã com integrantes do movimento que organiza as manifestações. Haddad explicou porém, durante o encontro, que precisaria aumentar o subsídio pago às empresas de transporte coletivo. A maioria dos integrantes do conselho, composto por 136 representantes da sociedade, apoiou durante os discursos a revisão da tarifa do transporte público. O conselho é apenas consultivo e não pode tomar decisões pela Prefeitura.

A Polícia Militar estimou em 10 mil o número de participantes do protesto, em levantamento das 18h. O número, porém, não foi atualizado ao longo da passeata. O trânsito na cidade ficou bastante complicado durante a manifestação e ônibus de linhas que circulam pela região foram afetados.