O programa do governo federal de combate ao crack, intitulado
“Crack, É Possível Vencer”, teve um desembolso efetivo de R$ 166,6 milhões do
Orçamento da União de 2013, ou 29,83% do valor total autorizado de R$ 558,8
milhões. Houve um grande percentual de gastos dos chamados “restos a pagar”,
aqueles que são adiados de um ano para outro. Segundo dados do Siafi, através
da assessoria técnica do DEM, R$ 125 milhões foram provenientes de restos a
pagar de 2012. O programa de combate à droga é dividido em 15 categorias de
atividades. O chamado “Enfrentamento ao Crack e outras Drogas” teve verba de R$
129,9 milhões, com R$ 82,04 milhões em despesas executadas e um pagamento de R$
3,4 milhões, ou apenas 2,66%. As liberações de maiores verbas ocorreram nas
ações ligadas à Saúde e não à Segurança Pública. A atividade de “Atenção
Especializada em Saúde Mental”, por exemplo, com recursos de R$ 24,7 milhões,
teve execução de R$ 17,4 milhões e pagamento de R$ 15,5 milhões, ou 62,86%.
Ainda há casos de pagamentos abaixo de 1% dentro dos recursos previstos no
Orçamento de 2013. A seção “Fortalecimento das Instituições de Segurança
Pública” tinha uma verba de R$ 149,12 milhões. As despesas foram executadas
quase no valor total, em R$ 148,5 milhões, mas foram efetivamente pagos apenas
R$ 4,6 mil. Assim, os pagamentos ficaram para 2014. O Globo