No Café com a Presidenta desta segunda-feira (6), a
presidenta Dilma Rousseff fez um balanço das ações do governo para transformar
a educação do país. Dilma lembrou que o governo já entregou quase 1,3 mil
creches e que outras 3,1 mil estão em construção. As escolas públicas em tempo
integral devem chegar a 60 mil em 2014, e 300 mil professores alfabetizadores
estão fazendo cursos de formação. Ela ainda falou da reformulação do Ensino
Médio, do Pronatec, do Prouni, do Fies e do Ciência sem Fronteiras, que deverá
distribuir 101 mil bolsas até o fim deste ano.
“Nós vamos melhorar e ampliar ainda mais os programas
educacionais que estamos executando nos últimos três anos do meu governo. Vamos
trabalhar sem descanso para atingir novas metas e continuar esse processo de
transformação do ensino no Brasil, que vai da creche à pós-graduação. (…) Eu
sempre digo que a educação é o nosso passaporte para o futuro – para o presente
de quem estuda e para o futuro do país. Já fizemos muito e vamos fazer ainda
mais, trabalhando duro para que cada brasileiro e cada brasileira tenha
condições de estudar e melhorar de vida”, afirmou.
Em relação às creches, a presidenta lembrou que a meta é
encerrar 2014 com a construção de 6 mil creches em todo o país, e que isso será
possível por conta de um novo método construtivo em que as estruturas e o
acabamento vêm prontos da fábrica. Assim, a obra leva sete meses. Para Dilma,
com a entrega dessas unidades, vai se avançar ainda mais no combate às
desigualdades no Brasil.
“É na creche que a criança recebe os estímulos necessários
para desenvolver a sua capacidade de aprendizado para o resto da vida. São
estímulos por meio de jogos, música, arte, acesso a livros, socialização com
outras crianças, enfim, os cuidados de que precisa. Então, garantindo o acesso
às creches, damos a todos os brasileirinhos e brasileirinhas, seja qual for a
renda de suas famílias, igualdade de oportunidades desde o início de suas
vidas”, disse.
Com o Programa de Ensino Integral, a presidenta destacou que
crianças e adolescentes de 49 mil escolas públicas do país têm educação em dois
turnos. E a meta, ao fim de 2014, é chegar a 60 mil unidades beneficiadas. E
esses colégios são frequentados, em sua maioria, por beneficiários do Bolsa
Família. Para Dilma, mais tempo na escola e acompanhamento pedagógico aumentam
as chances dos alunos de serem alfabetizados na idade certa, por exemplo. Outro
esforço nesse sentido vem com o investimento na formação de professores
alfabetizadores.
“Veja só, 300 mil professores alfabetizadores já estão
fazendo os cursos, de dois anos, que nós oferecemos para aperfeiçoar os métodos
de ensino, conhecer novas técnicas e ajudar cada criança deste país a chegar
aos oito anos já sabendo ler e a fazer as operações básicas de matemática. Além
do professor alfabetizador, já estamos oferecendo também, para 400 mil
professores do Ensino Médio, cursos de formação. (…) A base dessa transformação
que queremos fazer também no Ensino Médio do país começa com a melhoria na
formação dos nossos professores – esses profissionais tão dedicados, que são o
alicerce da educação em qualquer país”, afirmou.
No ensino técnico, Dilma reforçou a importância da
qualificação da mão de obra, e que, por isso, o governo federal está investindo
R$ 14 bilhões no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(Pronatec). A meta é chegar a 8 milhões de vagas nos cursos do programa no
final de 2014. Ela ainda lembrou que o governo federal estava proibido por lei
de investir no ensino técnico federal. A lei foi revogada e foram construídas,
desde o governo Lula, 214 novas escolas. Entre 2011 e 2014, serão 208 novas
escolas técnicas federais implantadas no interior do Brasil, para levar o
ensino técnico a todo o país. A presidenta também falou da abertura das portas
das universidades para os jovens brasileiros.
“Em dez anos, nós dobramos o número de matrículas nas
universidades federais, que agora somam mais de 1 milhão de matrículas. Isso só
foi possível, graças ao nosso esforço para expandir a Rede Federal de Ensino
Superior no Brasil, abrindo novos campos e criando novas universidades. Também
no ensino superior, nós interiorizamos a educação. Veja que o meu governo já
criou quatro novas universidades federais. (…) Outra conquista importante foi a
implantação do sistema de cotas nas nossas universidades federais. Em 2014, 25%
das vagas serão reservadas para os estudantes provenientes de escolas públicas
e para os negros e indígenas. E, neste ano, nós batemos um recorde, serão mais
de 170 mil vagas oferecidas para as nossas universidades federais. Agora, quem
não conseguir uma vaga pelo Sisu terá nova chance com o ProUni ou com o Fies”,
explicou.