
Das quase 110 mil famílias incluídas no programa Bolsa
Família na capital paulista em 2013, 93 mil estão na linha da extrema pobreza,
ou seja, com renda domiciliar per capita de até R$ 70. De acordo com a titular
da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Luciana
Temer, encontrar esse público foi o foco da ação da pasta. “É mais difícil
encontrar essas famílias, o esforço é maior.
Quem está na linha da pobreza, tem acesso mínimo (aos
serviços públicos). Quem está na extrema pobreza nem sequer sabe aonde ir (para
procurar o benefício)”, diz a secretária.
A maior parte dessas famílias está no extremo sul da capital,
em bairros como Grajaú e Campo Limpo. “Boa parte das crianças de 0 a 3 anos
dessas regiões não está nem na fila de creche”, complementa Luciana. Segundo a
secretária, 189 servidores e três unidades móveis foram usadas no serviço de
cadastramento em 2013. A estrutura foi a mesma herdada da gestão anterior, do
então prefeito Gilberto Kassab (PSD), que concluiu o governo com 228 mil
famílias cadastradas no programa federal.