Policiais do Serviço de Investigação da 3ª Delegacia
(Humildes), sob o comando do delegado Laércio Santos, prenderam na manhã de
terça-feira (1), os jovens Alex Neves da Silva, 22 anos e Wesley Santos
Oliveira Souza, 18, ambos moradores do distrito de Humildes e trabalham numa
barbearia.
A dupla é acusada de estuprar, na mesma manhã de terça-feira,
uma garota de 14 anos, no interior de uma residência que pertence a um dos
acusados.
Na delegacia, a dupla alegou que a vitima teria marcado um
encontro e confirmaram que o ato sexual foi consumado. Sendo que, a vitima
afirmou que teria marcado sim o encontro, porém não tinha intenção de manter
relações sexuais com os dois e disse também que foi agarrada a força.
A delegada Milena Calmon contou que quando uma mulher vai a
casa de uma pessoa, (amigo, namorado, paquera, dentre outros) não significa que
quer manter relações sexuais, principalmente com duas pessoas. A vitima afirmou
para mim realmente que tinha marcado pra ir a casa, mas não queria fazer sexo.
“O ir a casa foi uma ação espontânea, mas ela foi puxada para
manter relação, e ela tentou resistir, mas foi imobilizada. Um consumou o ato e
o outro em seguida sem o consentimento dela. Temos aí o relato de uma vítima
menor de idade e o relato deles que confirma o ato, um após o outro, no mesmo
horário, na mesma casa, e a única diferença é que eles disseram que não foi à
força”.
“Ora, como uma pessoa faz sexo com duas pessoas e em seguida
vai à delegacia? Isso não condiz com a situação que temos aqui. Ela não negou
que foi lá, e no momento em que pediu água foi surpreendida pelos dois, que sob
efeito de uso de drogas, teriam forçado a garota. Não há duvida de que houve o
estupro”, explicou a delegada durante entrevista ao repórter Aldo Matos do
Acorda Cidade.
A garota contou que pediu socorro e que foi orientada pela
amiga a procurar à polícia: “Eles me agarraram à força, me colocaram no quarto,
trancaram a porta, ligaram o som bem alto. Foi um de cada vez. Eles falaram bem
assim: você vai fazer tudo que eu quiser. Eu disse que eu não porque isso é
estupro e eles disseram: Que nada (...). Eu gritei socorro. Depois contei a
minha amiga e ela disse para a gente registrar queixa”, relatou a jovem que
disse também que já teve um relacionamento (“ficava”) com um dos acusados.