quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Bahia busca investimentos sul-coreanos

A reinserção da Bahia como estado produtor público de medicamentos ganhou mais força com a participação do secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, no World Bio & Medical Forum, realizado na cidade de Seul, na Coreia do Sul, considerado um dos maiores eventos da área no mundo.

A Bahia foi apresentada como importante mercado para receber investimentos de empresas farmacêuticas e de tecnologia médica da Coreia do Sul. A expectativa é que essas empresas possam investir na transferência de tecnologia para produção no Brasil.

Fábio Vilas-Boas, único representante governamental brasileiro, participou como palestrante convidado e apresentou as políticas públicas de saúde que vem desenvolvendo na Bahia, incluindo os projetos dos consórcios de saúde e inovações tecnológicas, como a telemedicina, saúde digital e a criação de um pólo industrial farmacêutico no Estado.
A experiência da Bahia com as parcerias público privadas (PPP) e com as parcerias para desenvolvimento produtivo (PDP) despertaram o interesse em diversas empresas coreanas.

Memorando de entendimento

Na ocasião, a Bahiafarma, empresa ligada à Secretaria da Saúde do Estado, celebrou um memorando de entendimentos para a produção de testes diagnósticos de vírus Zika, Chikungunya e outras doenças tropicais, com o maior instituto de biotecnologia da Coreia do Sul, o KRIBB.
Eles já possuem a tecnologia para a produção em escala industrial de testes diagnósticos para essas doenças que vêm causando epidemias no Brasil. Será um teste desenvolvido e produzido pela Bahiafarma. O acordo prevê ainda o intercâmbio de pessoas para a preparação de mão de obra especializada para o estado.

De acordo com o diretor da Bahiafarma, Ronaldo Dias, que também esteve no evento, a expectativa é firmar outras parcerias para produção, por exemplo, de imunobiológicos.
"Empresas sul-coreanas têm interesse de exportar tecnologia e a Bahia é um grande mercado. Firmar parcerias para isso irá gerar ganhos para o país, com a redução de custos na produção de medicamentos". //Bahia 247