quinta-feira, 1 de maio de 2014

Acidente de Bacuri deixa dez mortos



Um acidente envolvendo uma D20 com estudantes e um caminhão carregado de pedras deixou pelo menos dez mortos na noite desta terça-feira entre os municípios de Apicum-Açu e Bacuri, próximo ao povoado Madragoa, na Ma 308. Informações preliminares apontam que a D20 estaria fazendo transporte clandestino e transportava cerca de 22 pessoas com idade entre quinze e dezesseis anos. Os adolescentes eram de duas escolas estaduais e uma escola municipal de bacuri. Os veículos chocaram-se frontalmente em uma curva perigosa. Em nota o Ministério Público do Maranhão esclarece que a Promotoria de Justiça de Bacuri vai abrir dois procedimentos investigatórios contra o município de Bacuri para verificar as responsabilidades no acidente, ocorrido no início da noite desta terça-feira, 29, que resultou na morte de oito estudantes e deixou sete feridos, sendo dois em estado grave. De acordo com informações divulgadas na imprensa, o veículo que levava os estudantes da escola Cristino Pimenta, em Bacuri, para o povoado Madragoa, chocou-se com um caminhão carregado de pedra e despencou em uma ribanceira. A promotora de justiça Alessandra Darub, titular da comarca, informou que as investigações também irão atingir o menor de 17 anos que conduzia a D20 e o seu pai, que o autorizou a dirigir sem habilitação. Segundo a representante do Ministério Público, os procedimentos contra o município irão enfocar o transporte irregular de estudantes e as precárias condições do hospital municipal. “No atendimento às vítimas, pude constatar in loco que o hospital funciona sem nenhuma estrutura: não tem equipamentos suficientes, laboratório, nem medicamentos, as paredes são mofadas, além disso só tinha um médico de plantão”, relatou
O proprietário da caminhonete onde estavam os adolescentes que morreram em acidente na noite desta terça-feira (29), no município de Bacuri, não possui Carteira Nacional de Habilitação. A informação foi confirmada pelo superintendente de Polícia Civil do Interior, delegado Jair Paiva. De acordo com o superintendente, se for confirmado que Rogério Azevedo Rocha estava dirigindo o carro, ele pode responder por condução não habilitada e homicídio doloso por ter assumido o risco ao dirigir desabilitado. No decorrer das investigações, ele também poderá responder caso tenha dado o carro para o filho adolescente dirigir, já que o jovem também não é habilitado. 
O delegado informou que a polícia só vai dizer que estava dirigindo e o que implica o ato após terem provas técnicas da perícia. Rogério Azevedo Rocha, 43 anos, sofreu politrauma com traumatismo craniano, está em estado gravíssimo no Hospital de Alta Complexidade Tarquínio Lopes Filho, o Hospital Geral Geral, foi submetido a tratamento neurocirúrgico na manhã desta quarta-feira (30), segue entubado, sob ventilação mecânica e com hemodinâmica estável. Ele havia dado entrada na Santa Casa de Cururupu, mas foi um dos quatro pacientes transferidos em helicópteros para a capital pela gravidade dos ferimentos. No acidente, que envolveu uma caminhonete D20 e um caminhão carregado com pedras, oito pessoas morreram, quatro estão no Tarquínio Lopes e outras com ferimentos leves estão nos hospitais Santa Casa de Cururupu e Hospital Bibi Montelo, em Bacuri.