Mãe, filha e padrasto foram presos nesta quinta-feira (30) em
Teixeira de Freitas, por policiais da Delegacia de Crimes Contra a Vida de
Cariacica, na Grande Vitória. Os agentes chegaram até a família após
investigações sobre a morte do açougueiro Renaldo Lima Reis, de 33 anos, morto
no Espírito Santo. A vítima foi morta com sete tiros na cabeça no dia 26 de
outubro do ano passado, no bairro Pedro Fontes, em Cariacica. Segundo a
polícia, Valdir Jacinto, de 50 anos, matou o açougueiro a mando da esposa, Ana
Lúcia Lopes dos Santos, de 63 anos, e da enteada Ana Paula Santos Albuquerque,
de 33 anos, essa última que seria funcionária da Câmara de Vereadores de
Teixeira de Freitas. O corpo de Renaldo ficou 12 dias no Departamento Médico
Legal (Dml) de Vitória para ser reconhecido. De acordo com a polícia, ele era
suspeito em Teixeira de Freitas da morte de Adeílson Andrade Ribeiro, de 39
anos, conhecido como Olodum, crime ocorrido em julho do ano passado. Adeílson e
Renaldo eram namorados de Ana Paula Tiossi, mas as investigações não apontam o
açougueiro como o autor do crime. Após a morte de Olodum, a família de Renaldo
o aconselhou a se mudar para a casa do avô, no município da Serra. Segundo as
investigações da polícia, Valdir veio ao Espírito Santo, enquanto Ana Paula
ligou para o açougueiro marcando um encontro. De acordo com o delegado João
Paulo Pinto, após cometer o crime, Valdir dormiu na casa de parentes em
Cariacica. Só de madrugada é que voltou para casa, mas antes parou em um bar,
no município de Pedro Canário, no Norte do Espírito Santo. Embriagado, ele
jogou a arma em um rio e só depois retornou para Teixeira de Freitas. Valdir
confessou o crime, mas disse que o motivo foi porque a vítima disse que era
mais homem que ele. Já Ana Lúcia afirma que não tem envolvimento com o crime,
mas que não pensou em denunciar o marido. Os três foram encaminhados para o
Centro de Detenção Provisória e vão responder por homicídio triplamente
qualificado por motivo fútil de vingança, não dar chance de defesa para a
vítima e por ter sido um crime de mando. Folha Vitória