Dilma foi para Nova York na noite de domingo (22) e não
terá compromissos oficiais amanhã, segundo a agenda divulgada pela presidência.
Na terça-feira (24), como é de costume devido a sua condição
de presidente do Brasil, a governante fará o discurso de abertura da Assembleia
da ONU e segundo fontes oficiais abordará a necessidade de se adotar medidas
globais para impedir a espionagem.
A atuação das agências de inteligência americanas no Brasil
esfriou as relações entre ambos os países e Dilma chegou a adiar a visita de
Estado a Washington prevista para 23 de outubro. Segundo documentos filtrados
pelo ex-técnico da Agência Nacional de Segurança (ANS) Edward Snowden, o
serviço de inteligência americana espionou Dilma, assim como a Petrobras e
cidadãos brasileiros.
Em seu discurso diante dos líderes mundiais, também se prevê
que a presidente critique a política monetária dos Estados Unidos e seu impacto
nas moedas nacionais, declare sua rejeição a uma intervenção na Síria sem apoio
da ONU e reitere seu reconhecimento ao Estado palestino, entre outros assuntos.
Além de participar da Assembleia Geral, Dilma aproveitará sua
estadia em Nova York para se reunir com empresários americanos e operadores do
mercado de Wall Strett, aos quais apresentará oportunidades de negócios no
Brasil.
Entre os membros da delegação que acompanhará a presidente em
Nova York está o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que
entre outros compromissos tem prevista uma reunião com chanceleres do grupo
Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.