quarta-feira, 10 de julho de 2013

O ministro da Defesa, Celso Amorim, admitiu que há "vulnerabilidade" no que se refere à segurança cibernética.

Ministro da Defesa admite que sistema de comunicações no país é vulnerável

O ministro da Defesa, Celso Amorim, admitiu nesta quarta-feira (10) que há "vulnerabilidade" no setor público brasileiro no que se refere à segurança cibernética. Amorim defendeu o esforço conjunto de várias áreas do governo e da sociedade civil para dar mais segurança à troca de informações no país. Segundo ele, até a comunicação entre autoridades públicas, como ministros e parlamentares, está ameaçada. “A situação em que nos encontramos hoje realmente é de vulnerabilidade. A mera detecção de quem se comunica com quem já é uma informação de valor analítico para qualquer adversário que se tenha fora do país”, ressaltou Amorim. Ele lembrou que, às vezes, a “simples troca de e-mails” entre dois senadores e dois ministros pode ser acessada por terceiros. Para o ministro, a vulnerabilidade é causada pela falta de um sistema de segurança nos softwares usados pelas autoridades públicas e pelos servidores. Amorim disse que, na maioria das vezes, os computadores são de fabricação estrangeira e que há casos em que as empresas fabricantes têm contratos para fornecer as informações existentes nos softwares aos países de origem. O ministro reforçou que o país precisa investir mais em segurança.  “As comunicações são feiras de um satélite que não é brasileiro, não só na construção e tecnologia, mas também no seu gerenciamento, o que torna ainda mais vulneráveis a comunicação. O que investimos hoje na defesa cibernética ainda é relativamente pouco. O que investimos é ¼ do que investe o Reino Unido nesse setor. É um começo para quem não tinha nada, mas é relativamente pouco. O orçamento de 2013 é pouco menos de R$ 100 milhões", disse o ministro.