Considerando a grande extensão do país e que este tipo de pesquisa tem maior eficiência nas regiões Sul e Sudeste, acredito que este número seja bem maior. Agora, tenhamos convicção de uma coisa: são 1,3 milhões de famílias sofridas, desesperadas.
Felizmente os governantes decidiram acordar e admitir que o país atravessa uma epidemia chamada "vício do crack". Acompanhamos novas e tímidas medidas que tentam por em prática uma reação contra esse mal, que tem destruído vidas e famílias inteiras. No entanto, políticas de combate ao crack tendem à ineficiência, sobretudo porque focam os casos isolados, esquecendo do principal agente causador: o tráfico.
A iniciativa de se internar compulsoriamente dependentes químicos, com o aval da família e de um médico, é louvável. No entanto, a prioridade do plano de guerra deve ser a personagem principal, o traficante. Medidas de enrijecimento da lei, uma vigilância mais rigorosa dos agentes de segurança pública, inclusive com integração das forças policiais, e a adoção de novas tecnologias devem ser desenvolvidas.
Por muitos anos a política de combate ao tráfico de drogas desconsiderou os consumidores como vítimas de uma epidemia. Agora, que adquirimos esta consciências, precisamos pensar em estratégias de eliminar o agente causador da doença.