segunda-feira, 3 de junho de 2013

Rio ganha nesta segunda-feira UPP em favela próxima ao Cristo Redentor

Bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro são hasteadas pelo Bope após operação de ocupação, no alto da comunidade Cerro-Corá, no Cosme Velho, Rio de Janeiro. (Foto: Fábio Teixeira/Parceiro/Agência O Globo)

De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) a iniciativa irá beneficiar um total de 4,5 mil moradores. O levantamento foi feito pelo Instituto Pereira Passos (IPP). A inauguração acontecerá a partir das 8h30 na Ladeira dos Guararapes, nº 1, na Quadra do Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Mocidade do Cosme Velho. O evento contará com a presença de lideranças comunitárias e autoridades.
O Rio de Janeiro ganha mais uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na manhã desta segunda-feira (3) com a inauguração da unidade pacificadora do Morro Cerro-Corá, no Cosme Velho, na Zona Sul da cidade.  A favela fica próxima aos acessos ao Cristo Redentor, rota que terá aumento de visitantes durante a Jornada Mundial da Juventude, em julho. Ao todo, 232 policiais militares irão patrulhar cinco comunidades do Cosme Velho. Esta é a 33ª UPP, até 2014 o governo do estado pretende ter inaugurado 40 unidades.
A UPP Cerro-Corá possui uma base administrativa, na Rua Almirante Alexandrino com Ladeira do Ascurra, e outra base de apoio na Rua Arapuã, ambas no bairro do Cosme Velho. Além do Cerro-Corá serão beneficiadas pelo trabalho da UPP as comunidades Guararapes, Vila Cândido, Coroado e Julio Otoni.
Ocupação
A do Cerro-Corá comunidade foi ocupada no dia 29 de abril por cerca de 400 homens da Polícia Militar. A PM entrou na comunidade às 5h e, depois de meia hora, sem disparar nenhum tiro, realizava varredura e revistava a população.
A moradora Ana Lúcia Nunes, que vive na comunidade há 40 anos e teve a bandeira hasteada em sua casa, comemorou. "É importante, fiquei orgulhosa de ter a bandeira na minha casa. Eu não esperava. Vai ser bom ter a UPP aqui também", afirmou Ana.
Segundo o coronel Frederico Caldas, relações públicas da PM, a ação representa o fechamento do cerco na Zona Sul da cidade, que é um importante ponto turístico do Rio.
“A vinda do papa e o aumento o fluxo turístico explica a nossa entrada. O que acabou contribuindo para a ocupação foram os delitos ainda que estavam ocorrendo na região. O serviço de inteligência mostrava que os marginais estavam se refugiando aqui. Agora, eles perderam do território”, afirmou o coronel Frederico Caldas, destacando que trinta minutos foram suficientes para fazer a ocupação.

Duas comunidades vizinhas, Guararapes e Vila Cândida, também foram ocupadas. As três favelas ficam no morro entre as duas galerias do Túnel Rebouças.