sábado, 22 de junho de 2013

O jovem agredido na cabeça com uma bandeirada durante protesto na Avenida Paulista, em São Paulo, disse acreditar que foi confundido com um neonazista.

Apesar de não ter ocorrido confrontos com a Polícia Militar, durante o ato aconteceram focos de tumulto entre integrantes de partidos políticos e manifestantes apartidários, algumas delas terminando em tapas e socos. Uma das confusões terminou com o bacharel em direito Guilherme Araujo Nascimento, de 27 anos, ferido na cabeça. O jovem afirmou que caminhava perto da estação Trianon-Masp do Metrô, pouco antes das 19h, quando manifestantes ligados a partidos de esquerda, incluindo o PT, trocaram ofensas com a multidão.
Ele lembra que uma bandeira do partido foi arrancada e queimada. Os ânimos se exaltaram e o ataque aconteceu. “Saiu um militante com a camisa do PT com um pedaço de pau e me acertou. Foi um ataque lateral”, disse. “Estava lá para melhorar o país do cara que me agrediu”, acrescentou.Nascimento foi retirado do grupo e levado pela polícia a um hospital da região. Após receber os primeiros-socorros, seguiu para um hospital em Osasco, cidade da Grande São Paulo onde mora, e teve o ferimento fechado. “Tomei 14 pontos.”

O jovem nega ter provocado outros manifestantes e diz que foi vítima de preconceito: o agressor teria pensado que o jovem era skinhead. Manifestantes ligados aos partidos afirmaram que o jovem era de movimentos de intolerância. "O que é irônico: sou filho de negro, metade da minha família é negra, tenho amigos negros, amigos homossexuais. Não tenho problema nenhum quanto a isso”, disse. “Impressionante no Brasil ter preconceito por causa do tamanho de um cara ou pelo cabelo que ele usa.” Ele decidiu não fazer boletim de ocorrência, pois acredita que traria apenas mais trabalho para a polícia. “Não dá para eu fazer um BO contra um fulano com a camisa do PT de cabelo encaracolado marrom no meio do povo.