quinta-feira, 20 de junho de 2013

Luzes são apagadas no entorno da Prefeitura

As luzes no entorno da Prefeitura, no Centro do Rio, foram apagadas por volta das 19h30 desta quinta-feira. A assessoria do órgão nega, mas a região segue sem luz. Um pouco mais cedo, manifestantes entraram em confronto com  PM na região, quando quatro deles atiraram fogos de artifício nos cavalos do Batalhão de Choque (BPChq). Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas, três delas por balas de borracha. Todos foram encaminhados para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro.
A polícia reagiu atirando bombas de gás e efeito moral na multidão, em ambos os sentidos da Avenida Presidente Vargas e até mesmo de cima do prédio dos Correios. O tumulto se concentra no Viaduto da via. Um veículo do SBT foi incendiado. Houve corre-corre e muita gente passou mal na via. Mais de 10 carros e motos do Batalhão de Operações Especiais (Bope) seguem para o local. .
A microempresária Alessandra Sampaio, 42 anos, contou que ficou encurralada na passarela da Cidade Nova. "Os policiais chegaram atirando bombas de gás direto na gente, de um lado e de outro. O tumulto era em frente à Prefeitura. Estava tudo tranquilo e de repente ficamos acuados. Foi desesperador e surrea", contou.
Na Rua Carmo Neto, outro grupo jogou objetos e até bombas dentro do Metrô da Cidade Nova, além de depredar pontos de ônibus. Todos usam camisas para proteger o rosto e levam materiais para aumentar uma fogueira feita na Presidente Vargas. 
O MPL pediu que o grupo se dirja de volta à Candelária. O grupo se dispersou e, neste momento, não segue em direção ao Palácio da Cidade.

Estimativa inicial é de 300 mil
A manifestação por melhorias nos transportes públicos, além de fiscalização dos contratos com as empresas, reúne aproximadamente 300 mil pessoas no Centro do Rio na noite desta quinta-feira. A contagem foi realizada pelo especialista Moacyr Duarte, da Coppe / UFRJ.
Com objetivo de organizar os manifestantes durante a passeata, o Movimento Passe Livre usará pelo menos quatro carros de som. Dois deles são da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do diretório estudantil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Os outros veículos serão cedidos por entidades dos sindicatos e associações.
Eles vão nos ajudar na organização. De cima, vamos poder ver as brigas e avisar a polícia o local certo", explica o integrante do MPL, o professor de História, Gabriel Siqueira, de 24 anos.
Sobre a mobilização de vários partidos políticos criarem grupos durante a manifestação desta quinta, Gabriel diz que a orientação é não partir para violência. Na quarta, durante a manifestação em Niterói, apartidários e representantes do Pstu e Psol brigaram várias vezes. "Não existe divisão do movimento. Ele é apartidário e não antipartidário", completa Gabriel.