terça-feira, 4 de junho de 2013

Justiça reduz pena de Lindemberg Alves










O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou, nesta terça-feira (4), o recurso da defesa de Lindemberg Alves, que pedia a redução da pena dele, de 98 anos e dez meses, pela morte da ex-namorada Eloá Pimentel. Os desembargadores diminuíram a pena para 39 anos e três meses de prisão. 
A defesa dele sustentou que a juíza Milena Dias fixou a pena máxima para todos os crimes a que ele foi condenado. Com isso, o argumento usado pelo advogado Fábio Tofic Simantob foi aceito pelo relator do recurso, o desembargador Pedro Menin, e seguido pelos demais. 
Simantob explicou que o Tribunal de Justiça entendeu que "deveria ter sido feito o inverso". 
— [A juíza deveria] aproximar a pena do mínimo. Eles [desembargadores] acolheram esse pedido e reduziram drasticamente a pena. [...] Embora o caso tenha causado uma grande repercussão, tecnicamente, não existia um elemento para aumentar a pena. Ele é primário, ele não tem antecedentes. 
Regime semiaberto
Lindemberg está preso há quase cinco anos e hoje encontra-se em uma penitenciária na cidade de Tremembé, no interior de São Paulo. Com a redução da pena, o advogado acredita que ele deva fazer a progressão para o regime semiaberto em cerca de dois anos.
Julgamento

Em 2012, a Justiça condeno Lindemberg  a 98 anos e dez meses de prisão pela morte de Eloá Pimentel e pelos outros 11 crimes dos quais era acusado. A sentença foi proferida pela juíza Milena Dias no Fórum de Santo André, no ABC paulista.  
Além do cárcere e assassinato de Eloá Cristina, Lindemberg foi considerado culpado pelos crimes de: tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe contra Nayara Rodrigues da Silva, amiga de Eloá; por outra tentativa de homicídio qualificado, com finalidade de assegurar a execução de outros crimes, contra o policial militar Atos Antonio Valeriano; cárcere privado de Nayara e dos adolescentes, colegas de Eloá, Victor Lopes de Campos e Iago Vilera de Oliveira; cárcere de Ronikson Pimentel dos Santos, irmão de Eloá; e disparos de arma de fogo.
Relembre

Eloá, na época com 15 anos, foi assassinada em outubro de 2008, no bairro de Jardim Santo André, em Santo André, após ter sido mantida refém por Lindemberg por quase cem horas. Ela foi morta com dois tiros. Nayara Rodrigues da Silva, que juntamente com outros dois colegas também foi feita refém, ficou ferida.

Integrantes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) da Polícia Militar alegam que invadiram o apartamento após terem ouvido um tiro. Eloá teve morte cerebral confirmada dois dias depois do crime. Nayara levou um tiro no rosto e se recuperou completamente.