sexta-feira, 3 de maio de 2013

Agente penitenciário mentiu para a polícia

detento do regime semiaberto do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, Hélio Conceição Manoel, de 38 anos, assassinado com um único tiro na cabeça na manhã de terça-feira (23/4), na avenida das Galáxias (ladeira do bairro Bonadiman), e de imediato fez contato com o delegado territorial da 8ª Coorpin, Marco Antônio Neves, que estava à frente da apuração do caso e nos adiantou que, embora estivesse no caso, o inquérito estava sendo presidido pelo delegado da DTE/Narcóticos, Dr. Wendel Ferreira, que estava em diligências, e não pôde nos atender.

Mas, é fato que o acusado José Antônio Carmo Pereira, o “Pereirinha” (agente penitenciário lotado no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas), ao que tudo indica, não matou o presidiário Hélio Conceição Manoel, mas, um agravante: mandou matar por conta de uma suposta traição da esposa, embora esta negue, limitando-se a dizer que houve apenas beijos e abraços, conforme depoimento ao delegado.

O fato
No entanto, segundo depoimento de testemunhas, a esposa de “Pereira” já não vivia bem com ele e, conforme narrativa do autor, passou a ser ignorado pela esposa, em contrapartida, disse que todas as vezes em que “Pereira” bebia ficava violento e a agredia, o que motivou a prestação de uma queixa na DP por agressão física e moral.
A vítima, por sua vez, sabedor das atitudes do “Pereira”, passou a evitar a esposa do agente, e até prestou um depoimento / queixa à direção da unidade prisional (acostada aos autos do inquérito) sobre uma ameaça de morte feita pelo “Pereira” e outras ameaças de que o mesmo não sairia com facilidade da prisão, pois tudo faria para evitar a sua saída.
Informações extraoficiais dão conta de que “Pereira” chegou a converter-se religiosamente e chegou a reunir-se com Hélio e pedir perdão a ele, mas, o ódio lhe alimentava, pois, no domingo, depois de pedir licença de quatro dias para, supostamente, cuidar da saúde dos pais, ele pegou a arma em casa e saiu.


O crime
Embora sem peça pericial para corroborar com o fato, tudo leva a crer que os matadores tenham sido dois: um que teria batido com o carro na bicicleta de Hélio, que ficou toda empenada e ele, ao cair, pois estava com os joelhos e rosto ralado, foi morto por um deles, que, é provável, tenha descido do carro e executado a vítima com um único tiro no crânio, enquanto estava caída.
O certo é que esses fatos deverão ser apurados pelo delegado, pois, segundo informações, nem mesmo o “Pereira” sabe quem foi o executor, deve saber quem contratou.