segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Após comprar iPhone 6, presidente de Câmara de Afonso Cláudio (ES) é cassada

Após comprar iPhone 6, presidente de Câmara é cassada no ES
Em uma sessão tumultuada, que durou em torno de cinco horas, inclusive com a presença da Polícia Militar, a presidente da Câmara de Afonso Cláudio, Flaviana Herzog (PMDB), teve o mandato parlamentar cassado na noite desta terça-feira (20).

Por unanimidade, com oito votos favoráveis, a peemedebista recebeu a punição pelas quatro acusações às quais respondia. Em uma representação apresentada pelo PSDB do município, ela foi acusada de usar dinheiro da Câmara para comprar um aparelho celular iPhone 6 Gold para fins particulares por R$ 3.899, e custear, em um ano, R$ 2.256,50 para seus almoços em um restaurante da cidade.

Flaviana também respondeu por deixar de prover o cargo de assessor de bancada requerido por vereador e não responder requerimentos de informações.

Instantes antes da sessão ser iniciada, Flaviana teria tentado impedir que populares permanecessem no plenário e chamou a polícia, segundo o 1º secretário da Mesa Diretora, Romildo Camporez (DEM).

“Nós reagimos, não permitimos. Vivemos em uma democracia, a Câmara é a Casa do povo. Chamamos o comandante, que precisou pedir que a tropa dele se retirasse para que a sessão continuasse”, relatou.

Flaviana não discursou e fez sua defesa por meio do advogado, que falou durante duas horas. Em seguida, foi realizada a votação, que além de cassar o mandato dela, a torna inelegível por oito anos. Flaviana é candidata à reeleição na Câmara nas próximas eleições.

Com a cassação, o vice-presidente da Casa, Romildo Ortolani (PDT), que conduziu a sessão, assumiu a presidência.

“A partir de agora esta Câmara será totalmente diferente, com transparência. Os atos dela foram reprováveis, mas todo o processo foi legítimo, cumprindo rigorosamente a lei, o regimento interno, a ampla defesa”, disse.


Ele afirmou que irá abrir licitação para reativar a rádio que fazia a transmissão das sessões da Câmara, que teriam sido canceladas na gestão de Flaviana. //A Gazeta