Três dos sete suspeitos presos por participação na morte do
soldado da Polícia Militar Ítalo Bruno Pereira Rocha, de 25 anos, confessaram o
crime. Todos os acusados foram apresentados pela polícia na manhã desta
terça-feira (1).
“Eu não tenho nada com isso. Confessei só para a polícia,
pois só devo explicação para eles”, afirmou Fábio Barbosa da Cruz, que está
desempregado.
Segundo o delegado responsável pelas prisões, Ruhan é o homem
que aparece nas imagens arremessando uma pedra grande sobre o soldado. “Não fui
eu que fiz isso. Não sou eu que apareço no vídeo. Tem muita gente que parece
comigo no bairro”, disse o serralheiro Ruhan Carlos Alves Rodrigues.
Para a polícia não há dúvidas sobre a participação de todos.
“Dos sete indivíduos que foram presos nas primeiras 24 horas após o crime, três
deles confessaram. Todos têm indícios de autoria e materialidade suficientes
para serem autuados em flagrante, inclusive com reconhecimento do policial
militar sobrevivente, com imagens e objetos que foram encontrados com eles. Com
os suspeitos que são irmãos gêmeos foram encontrados cheques da vítima e com
outro foi encontrado o celular”, explicou o delegado Rodrigo Sandi Mori.
De acordo com um dos suspeitos, os policiais teriam chegado à
festa atirando. “Eu fiquei sabendo que eles já chegaram na festa atirando.
Foram os moradores mesmo que falaram. Antes de chegar na festa já tinha buraco
de tiro no meu portão. Nós não fizemos nada, quem estava na festa que fez”,
relatou Ruhan.
A versão não é confirmada pela polícia. “É um cenário
improvável, pois eram dois policiais em um local com pessoas que poderiam estar
armadas e poderiam revidar um ataque. Tudo com relação ao crime está sendo
levantado”, destacou o secretário Estadual de Segurança Pública, André Garcia.
O soldado Netto, que sobreviveu ao crime e já teve alta do
hospital, ainda não teria dado detalhes do que ocorreu. Outros envolvidos no
assassinato do soldado já foram identificados e podem ser detidos a qualquer
momento. A ação da policia foi rápida. As diligências que resultaram na prisão
dos sete envolvidos começaram logo após o crime e duraram aproximadamente 30
horas.