Um grupo seleto de policiais militares atua, há um ano, na
Bahia atendendo situações que envolvem altíssimo risco a vidas e à
coletividade. Criado em 9 de dezembro de 2014, o Batalhão de Operações
Policiais Especiais (Bope) da Bahia é utilizado em situações específicas para
os quais os 72 homens que compõem a tropa são treinados, com atiradores de
precisão, paraquedistas, mergulhadores, esquadrão antibombas e outras funções
complexas. Sediado no município de Lauro de Freitas, em Salvador, o Bope baiano
conta com uma estrutura que permite o treinamento e constante preparação dos
policiais militares.
Apesar de ter sido criado há apenas um ano, as atividades
desenvolvidas pelo batalhão já existiam dentro da Polícia Militar da Bahia há
pelo menos três décadas, de acordo com o comandante do Bope, o tenente-coronel
Paulo Coutinho. “Há muitos anos nossa polícia já era treinada para essas
operações especiais, mas, como é natural quando há o crescimento da atividade,
com a criação e formação do batalhão, podemos nos concentrar na seleção dessa
tropa e no treinamento que exige muito do policial física e psicologicamente.
Isso porque somos agentes que precisam estar preparados para lidar com a
pressão, com o perigo, com a complexidade nas ações para as quais somos chamados”,
explicou o tenente-coronel.
Para chegar ao Bope, os policiais militares precisam passar
por um curso preparatório que dura cerca de seis meses e que tem como média de
aprovação entre 15% e 25% dos que decidem começar nas aulas. Entre as
habilidades desenvolvidas, tiros com armas curtas, submetralhadores, aptidão
física para ultrapassar diversos obstáculos, desarmar artefatos explosivos,
ações antiterrorismo, cumprimentos de mandatos de prisão de pessoas que
oferecem alta periculosidade, segurança de grandes eventos, além de outras
habilidades.
O Batalhão já atuou em diversos chamados para prestar reforço
a outras unidades da PM, em casos de explosões de caixas eletrônicos, quando há
vestígios de explosivos, e ainda na varredura de hotéis e locais de grandes
eventos, como na realização do jogo da seleção brasileira na Arena Fonte Nova.
Funções que, apesar de discretas e longe dos olhares da população, são de
fundamental importância para a segurança pública.
Para o comandante, o balanço do primeiro ano é positivo e um
novo curso para formação de novos “caveiras”, como são conhecidos os policiais
do Bope, deve começar no início de 2016 para reforçar ainda mais a tropa.
“Estamos felizes e avaliando positivamente nosso trabalho nesse primeiro ano.
Estamos aqui abnegados para cumprir a nossa missão sempre e proteger a
sociedade a qualquer custo, mesmo com o risco às nossas próprias vidas”,
destacou o tenente-coronel Paulo Coutinho.