Um microempresário de 51 anos foi preso em casa, na manhã
desta segunda-feira (30), suspeito de abusar sexualmente da própria sobrinha,
de 11 anos. De acordo com a polícia, o crime acontecia há mais de um ano, em
Cariacica, dentro do lava-jato do acusado, que fica do terreno da casa da avó
da vítima.
A polícia descobriu os abusos após pedir a quebra do sigilo
telefônico do suspeito. Segundo as investigações, que tiveram início em outubro
deste ano, o homem aliciava a criança por meio de mensagens trocadas via
WhatsApp e pedia para que ela enviasse vídeos tomando banho ou trocando de
roupa.
De acordo com o titular da Delegacia de Proteção à Criança e
ao Adolescente (DPCA), delegado Lorenzo Pazolini, o acusado ameaçava a vítima e
oferecia a ela presentes em troca das imagens. O tio também teria mandado
imagens íntimas para a criança.
Segundo Lorenzo Pazolini, essa prática era constante e o
suspeito ainda pedia para a menina não mostrar as conversas para ninguém e
apagar todas as mensagens. Os atos libidinosos, de acordo com o delegado,
começaram quando a vítima tinha 9 anos de idade.
No celular do microempresário foram encontradas fotos e
vídeos da jovem. Ele negou qualquer crime e culpou a criança, dizendo que ela
passou os vídeos sem ele saber. No entanto, ao ser questionado sobre as
mensagens, o suspeito preferiu não se manifestar. Ele foi autuado por abuso
sexual e transferido para o Centro de Detenção Provisória de Viana, onde
aguardará julgamento.
Segundo a policia, durante o tempo em que teria sofrido os
abusos, a menina usava o telefone celular sem nenhum controle por parte da mãe,
que ficou indignada com o que estava acontecendo diante dos olhos dela. Por
isso, Lorenzo Pazolini orienta os pais a estarem sempre atentos ao que as
crianças fazem na internet.