quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Estudante é preso após professora confundir relógio com bomba

Jovem que sonha em ser engenheiro foi preso pela polícia da pequena cidade de Irving
Quando Ahmed Mohamed chegou à escola, estava feliz por mostrar aos colegas um relógio digital que ele mesmo tinha construído. No entanto, ao invés de receber elogios dos professores, o garoto muçulmano de 14 anos acabou na cadeia.

O jovem, que sonha em ser engenheiro quando crescer, foi preso pela polícia da pequena cidade de Irving, no estado norte-americano do Texas, e depois liberado, porque o relógio que ele montou foi confundido com uma bomba por um dos docentes.

O caso imediatamente desencadeou um debate nacional que contou até com uma intervenção do presidente Barack Obama defendendo o menino. "Relógio legal, Ahmed. Quer trazê-lo aqui para a Casa Branca? Nós temos que inspirar mais garotos como você a gostar de ciência. É isso que faz a América tão boa", escreveu o presidente em sua conta oficial no Twitter.

Obama ainda convidou o adolescente a comparecer à Noite da Astronomia do mês de outubro. "Um menino de 14 anos não deveria ser preso apenas por ter levado um relógio para a escola. Alguns dos seus professores o decepcionaram", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

E, enquanto a hashtag #IstandWithAhmed (Eu estou com Ahmed) fazia sucesso nas redes sociais, o jovem recebeu mais um convite, desta vez do CEO do Facebook, Mark Zuckerberg. "O futuro pertence a pessoas como o Ahmed. Se você quiser algum dia conhecer o Facebook, eu adoraria te encontrar. Continue construindo", afirmou o fundador de uma das companhias mais valiosas do mundo.

O chefe de polícia de Irving, Larry Boyd, confirmou que nenhuma acusação foi feita, já que o dispositivo, descrito como "um experimento feito em casa", era inócuo.

Mesmo assim, muitas pessoas ainda acham que o que aconteceu foi um episódio de islamofobia e que Ahmed acabou atrás das grades só por ser muçulmano. Foi isso que disse o pai do adolescente a um jornal local. "Meu filho só quer inventar coisas boas para a espécie humana. Mas como se chama Mohamed e 11 de setembro foi há pouco tempo, ele foi maltratado", desabafou Mohamed Elhassam Mohamed, que veio com a família do Sudão. Com informações do Portal R7