segunda-feira, 28 de julho de 2014

Revista vexatória pode acabar nos presídios da Bahia após denúncia

As revistas íntimas, também conhecidas como revistas vexatórias, praticadas nas unidades prisionais da Bahia, podem ser findadas no início do mês de agosto deste ano. 
Os novos procedimentos para garantir uma revista humanizada que garanta a integridade de quem visita um apenado e da sociedade devem começar a ser adotados pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap) a partir do mês de agosto. 
Segundo o superintendente de Gestão Prisional da Seap, coronel Paulo Cesar, uma portaria ainda será baixada contendo as normas e formas de como as revistas vexatórias serão suspensas e de quais equipamentos serão instalados para não permitir que objetos proibidos, como armas, celulares e drogas, entrem nos presídios do estado. 
A medida segue a determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que mães, crianças, amigos e demais familiares dos presos não sejam mais submetidos a revistas que os forcem a se despirem na frente dos agentes penitenciários, e os submetam a agachamentos para verificação de partes íntimas do corpo. 
A Defensoria Pública da Bahia (DPE-BA) tem provocado as discussões sobre o fim da revista vexatória no estado, e tem acompanhado a movimentação nacional para que sejam instalados equipamentos tecnológicos de revistas, tal como dos aeroportos. De acordo com o defensor público Alan Roque, subcoordenador de Crime e Execuções Penais da DPE-BA, o órgão tem atuado em conjunto com outras defensorias para pedir o fim da revista vexatória, pois ela está “na contramão da história”.