O encontro, informal, deverá ocorrer às margens da
cúpula do G20, iniciada nesta quinta-feira em São Petersburgo, da qual ambos
participam. Sua realização foi antecipada pelo assessor de segurança nacional
Ben Rhodes, que admitiu entender "quão importante é o tema para os
brasileiros".
Rhodes falou aos jornalistas que cobrem a viagem de Obama,
primeiro à Suécia, e agora à Russia. É a primeira manifestação oficial da Casa
Branca a respeito do esquema de espionagem sobre a presidente brasileira. E é
uma manifestação de compreensão pela irritação: "Nós entendemos a força do
sentimento deles [brasileiros] a respeito do assunto", disse Rhodes, para
acrescentar:
"O que estamos fazendo é adotar uma visão abrangente de
quais são exatamente as alegações [reveladas pelo jornalista Glenn Greenwald, a
partir de dados vazados por Edward Snowden] e quais são os fatos, em termo das
atividades da Agência Nacional de Segurança" [responsável pelo
mega-esquema de espionagem]. O assessor de Obama disse também que a Casa Branca
pretende trabalhar com o governo brasileiro, para que "tenhamos um melhor
entendimento de suas inquietações. Continuaremos com esse trabalho".