O caso ficou conhecido com
"crime da mala". Jéssica Taís Ferreira foi presa depois de ficar mais
de um ano escondida no Paraguai.
Na delegacia, ela confirmou que estava no bar onde o crime
aconteceu junto com o namorado Marcelo Pires Woitte. No entanto, ela nega que
participou da morte e do esquartejamento de Renata Silva Monteiro, de 15 anos.
— Doutor, eu errei de ter levado a criança sim. Mas eu não
tenho nada a ver [com o crime].
Segundo Jéssica, ela estava dentro do banheiro do bar quando
a adolescente foi assassinada.
— Eu escutei um barulho lá fora e eu perguntei o que era. O
Marcelo veio gritando da cozinha que tinha resolvido e eu perguntei pra ele
como ele tinha resolvido. E ele falou assim: "Agora a gente já tem um
filho".
A suspeita viajou, no mesmo dia do crime, para Natal, no Rio
Grande do Norte, com o filho recém-nascido de Renata. Segundo a polícia, ela
falsificou a certidão de nascimento do bebê para conseguir embarcar. Na época,
o pai de Renata foi à Natal e resgatou o neto, mas Jéssica foi liberada pela
polícia de lá, que disse não ter provas contra ela. Dias depois, em Bragança
Paulista, uma mala foi encontrada em um lago. Dentro dela, estava o corpo
esquartejado da adolescente.
Marcelo Pires Woitte foi preso quarta-feira passada (18) no
Paraguai. Ele trabalhava descarregando caminhões e foi encontrado por meio de
uma denúncia. Quando veio para São Paulo, no fim de semana, ele disse que
estava separado de Jéssica e não sabia o paradeiro dela. A polícia já pediu à Justiça
a prisão preventiva do casal. Eles vão responder por homicídio qualificado e
ocultação de cadáver. A dupla pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.
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