sábado, 28 de setembro de 2013

A Polícia Civil prendeu um homem suspeito de atear fogo em um ônibus e impedir a saída de duas pessoas, no Jardim Palanque, zona leste da capital.

O motorista, de 43 anos, e a cobradora, de 37, levavam o coletivo para a garagem quando pararam em um semáforo na avenida Ragueb Chohfi. Neste momento, quatro homens se aproximaram e exigiram que as portas fossem abertas. 

O grupo espalhou um líquido que, segundo as vítimas, era gasolina. Em seguida, colocaram fogo. Um pedreiro, de 25 anos, inicialmente tentou impedir a saída das vítimas, mas fugiu com os outros. A cobradora não conseguia sair do ônibus e sofreu queimaduras pelo corpo. O motorista também queimou o braço ao tentar ajudar a colega. 

A vítima foi levada pelos bombeiros ao Hospital Cidade Tiradentes. O motorista foi atendido e liberado, porém a cobradora ficou internada, sem risco de morte. 

Prisão

Ao chegarem ao local, policiais civis do 49º Distrito Policial (São Mateus) encontraram próximo ao ônibus queimado uma garrafa vazia e uma carteira com documentos do pedreiro. Após consulta no sistema de dados da polícia, o GOE (Grupo de Operações Especiais) localizou o endereço dele. 

Agentes foram até a casa, na Estrada do Palanque, próxima ao local do incêndio. Eles foram recebidos por um ajudante geral, de 33 anos, cunhado do pedreiro. O homem disse que levaria os policiais até o suspeito de atear fogo no ônibus, mas, após rodarem pela região, os investigadores não o encontraram. 
 Assista ao vídeo:
Questionado, o ajudante contou que seu cunhado estava em uma casa vizinha à sua. O rapaz foi detido por favorecimento a algum criminoso. Ele foi liberado após assinatura de termo de compromisso. No local indicado, os policiais encontraram o pedreiro, que confessou o crime. O motivo seria protesto por uma reintegração de posse ocorrida na quarta-feira (25) na região. 


O suspeito foi reconhecido pelas duas vítimas, que confirmaram que ele dificultou a saída do ônibus. O pedreiro foi preso e irá responder por incêndio, lesão corporal e tentativa de homicídio qualificado. O caso foi registrado no 49º DP.