O motorista, de
43 anos, e a cobradora, de 37, levavam o coletivo para a garagem quando pararam
em um semáforo na avenida Ragueb Chohfi. Neste momento, quatro homens se
aproximaram e exigiram que as portas fossem abertas.
O grupo espalhou um líquido que, segundo as vítimas, era
gasolina. Em seguida, colocaram fogo. Um pedreiro, de 25 anos, inicialmente
tentou impedir a saída das vítimas, mas fugiu com os outros. A cobradora não
conseguia sair do ônibus e sofreu queimaduras pelo corpo. O motorista também
queimou o braço ao tentar ajudar a colega.
A vítima foi levada pelos bombeiros ao Hospital Cidade
Tiradentes. O motorista foi atendido e liberado, porém a cobradora ficou
internada, sem risco de morte.
Prisão
Ao chegarem ao local, policiais civis do 49º Distrito
Policial (São Mateus) encontraram próximo ao ônibus queimado uma garrafa vazia
e uma carteira com documentos do pedreiro. Após consulta no sistema de dados da
polícia, o GOE (Grupo de Operações Especiais) localizou o endereço dele.
Agentes foram até a casa, na Estrada do Palanque, próxima ao
local do incêndio. Eles foram recebidos por um ajudante geral, de 33 anos,
cunhado do pedreiro. O homem disse que levaria os policiais até o suspeito de
atear fogo no ônibus, mas, após rodarem pela região, os investigadores não o
encontraram.
Assista ao vídeo:
Questionado, o ajudante contou que seu cunhado estava em uma
casa vizinha à sua. O rapaz foi detido por favorecimento a algum criminoso. Ele
foi liberado após assinatura de termo de compromisso. No local indicado, os
policiais encontraram o pedreiro, que confessou o crime. O motivo seria
protesto por uma reintegração de posse ocorrida na quarta-feira (25) na
região.
O suspeito foi reconhecido pelas duas vítimas, que
confirmaram que ele dificultou a saída do ônibus. O pedreiro foi preso e irá
responder por incêndio, lesão corporal e tentativa de homicídio qualificado. O
caso foi registrado no 49º DP.