O governador Jaques Wagner disse, em discurso no Palácio do
Planalto, que o Pacto Nacional pela Saúde Mais Hospitais e Unidades de Saúde,
mais Médicos e mais Formação, lançado hoje pela presidente Dilma Rousseff,
levará mais médicos às regiões pobres do País. Com o pacto, a presidente
pretende ampliar a presença dos profissionais em regiões mais carentes e nas
periferias das grandes cidades para atender a demanda da população. Ela assinou
medida provisória e regulamentou portaria assinada pelos ministros da Saúde e
da Educação, que oferta bolsa federal no valor de R$ 10 mil a médicos que
atuarão nos programas de atenção básica da rede pública. O dinheiro será pago
pelo governo federal para não sobrecarregar as prefeituras. A partir desta
terça-feira (09) será feito um chamamento nacional aos médicos brasileiros, e
somente se as vagas não forem preenchidas é que elas serão ocupadas por médicos
estrangeiros.
No seu discurso, o governador Wagner disse que não se
surpreende com a coragem e determinação da presidente Dilma em enfrentar o
problema da falta de médico no interior. Segundo ele, o governo federal quer
interiorizar e assegurar o acesso ao médico a todos os brasileiros. Wagner
cumprimentou os agentes de saúde “que são as formiguinhas do sistema” e
defendeu o SUS, lembrando que 95% dos transplantes no Brasil são feitos pelo
SUS. “O Pacto Nacional pela Saúde soa como música porque vai melhorar a
qualidade da saúde no país”, afirmou Wagner. Na Bahia, foram construídos cinco novos
hospitais e 550 postos de saúde da família, mas, de acordo com o governador, há
prefeitos pedindo que não se construa mais postos de saúde por falta de
médicos. “Agora, com o novo programa, os prefeitos vão pedir a volta do ritmo
de construção dos postos em suas cidades”, disse Wagner.