O motorista foi socorrido e levado para o Hospital Municipal
de Rubiataba, com desidratação, segundo a Polícia Militar. Recebeu alta no
mesmo dia, à tarde, e se recupera em casa. "Ele está emocionalmente muito
abalado",Diz irmã da vítima, a professora Alessandra Ferreira da Silva, 29
anos. Ela mora em Goiânia, mas viajou para a cidade, na região central do
estado, para dar apoio aos pais e ao irmão, que mora com os pais em Nova Glória
, cidade vizinha a Rubiataba.
Na sexta-feira, a
cooperativa fez o pagamento de todos os funcionários. Ela conta que o irmão sacou
o salário no banco, cerca de R$ 1.200, e voltava para casa por volta das 13h,
quando foi abordado pelos assaltantes. À família, o motorista relatou que, ao
passar por um quebra-molas, na saída de Rubiataba, um motocicleta com dois
homens parou ao seu lado. Um deles desceu do outro veículo e passou para a
garupa da sua moto. Armado, o assaltante teria pedido para ele seguir a outra
moto por cerca de 5 quilômetros. Quando eles pararam, pediram para o motorista
sentar no chão. "Nesse momento, ele se desesperou. Chorou e pediu para que
não o matassem. Ele conta que os bandidos falaram que era para ele ficar calmo
e não reagir, pois não queriam fazer nada com ele", conta a irmã. Os dois
homens pegaram o dinheiro, que estava dentro da bolsa, e a jogaram de lado,
segundo a irmã. Em seguida, eles passaram a corrente no pescoço de Adelson e a
prenderam na moto com um cadeado.
De acordo com Alessandra, o irmão não viu o
rosto dos criminosos porque eles estavam de capacete. Depois de duas noites de
frio, o motorista percebeu a bolsa próxima à moto. "Ele conta que pensou
em se arrastar até lá para achar alguma coisa que desse para abrir o cadeado.
Um clip ou até mesmo o zíper da bolsa. Mas quando ele abriu, viu que os homens
não tinham levado o celular, só o dinheiro. Aí ele ligou para a polícia",
relata Alessandra.