A criança foi abusada sexualmente por
um amigo da família, que é deficiente auditivo.
A mãe flagrou o que aconteceu. "Eu estava na cozinha
quando ele chegou perguntando se o pai dele estava na nossa casa. Eu disse que
não, mas ele deu a volta pela garagem e entrou. Como eu não ouvi o portão se
fechar, passei pela sala e o vi agachado, tirando a calcinha da minha filha.
Com o dedo, ele mexia nas partes íntimas dela. Quando ele me viu, saiu
correndo. Minha filha estava em estado de choque e gemendo, mas eu não tinha
ouvido porque a televisão estava ligada. A minha vontade era de bater nele,
mas, quando vi minha filha, eu simplesmente a abracei", lamentou.
Três dias após o
ocorrido, a mãe conta que a criança ainda estava muito abalada. "Ela não
está dormindo direito. Antes ela dormia tranquila, mas agora fica se debatendo.
Quando vou me arrumar, ela fica perguntando se não precisa sair comigo. Ela me perguntou
até se seria presa", acrescentou.
O delegado responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e
ao Adolescente (DPCA), Érico Mangaravite, ouviu a mãe e a criança. Ele não tem
dúvidas de que a violência realmente aconteceu. "Com base no depoimento da
vítima e da mãe e no laudo do DML, que apontou lesões na criança, o indivíduo
foi autuado em flagrante. A pena pode chegar a 15 anos de reclusão",
explicou.