Autoridades da área de segurança pública criaram nesta
quinta-feira uma comissão especial para investigar os grupos de vândalos que
têm aproveitado as manifestações nas ruas da cidade para praticar atos de
violência com depredações e destruição do patrimônio público e privado. A
comissão será constituída por membros do Ministério Público (MP), da Polícia
Militar e da Polícia Civil, que vão trabalhar em conjunto e não mais
separadamente nos casos de vandalismo. A criação da comissão foi decidida ontem
numa reunião no MP com o procurador geral de Justiça do Rio, Marfan Vieira, o
secretário da Casa Civil do governo do estado, Regis Fichtner, o secretário de
Segurança, José Mariano Beltrame, o comandante da Polícia Militar, coronel Erir
Ribeiro, a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, entre outras autoridades.
Chegamos a conclusão de que não adianta trabalhar no avulso
nesses casos. Esses autos de prisão em flagrante de cinco, seis, dez pessoas,
que depois são pulverizados na distribuição. Um caindo em cada vara criminal.
Não dá para continuar fazendo assim. É preciso fazer um trabalho sistêmico para
localizar de onde estão vindo esses movimentos, como eles são organizados, que
propósitos eles têm, onde eles conseguem esses coquetéis molotovs e outras armas
que estão sendo utilizadas enfatizou Marfan Vieira.
O procurador de Justiça disse saber que há organizações
internacionais por trás dos grupos que está agindo de maneira violenta.
Estamos observando a reprodução desses movimentos de massa e
esses grupos de vândalos estão se organizando mais, estão crescendo, estão se
tornando cada vez mais virulentos e diante disso hoje criou-se a ideia dentro
do Ministério Público de se criar uma força-tarefa, que agora preferiu-se
chamar de comissão especial. Ela congregará membros do Ministério Público,
delegados de polícia e outros integrantes da Polícia Civil, inclusive da área
de inteligência e de pessoas da área de inteligência da Polícia Militar. Eles
vão trabalhar em conjunto avocando inquéritos relacionados a esses fatos e fazendo
uma investigação sistêmica observou Vieira, acrescentando que um dos objetivos
é conseguir subsídios para criminalizar os integrantes desses grupos por formação
de quadrilha