Segundo o médico Steve Bloom, chefe do departamento de
estudos sobre diabetes, endocrinologia e metabolismo do prestigioso Imperial
College, em entrevista à BBC Brasil, o corpo libera uma série de hormônios após
a refeição, indicando que a fome foi saciada. Na cirurgia bariátrica, o mesmo
efeito acontece, garantindo que o paciente fique rapidamente satisfeito e com
pouca comida. A equipe de Bloom quer testar a possibilidade de replicar os
efeitos de tais hormônios, sem que haja necessidade do método cirúrgico. “Ainda
estamos na fase de desenvolvimento, mas já mostramos que a iniciativa funciona.
Agora temos que torná-la disponível”, afirma Steve. Mas é preciso calma. O
médico alerta que serão necessários nove anos para garantir a efetividade do
medicamento e disponibilizá-lo no mercado.