terça-feira, 16 de julho de 2013

Laudo aponta 'falta de lucidez' do motorista da águia branca, no acidente que causou a morte de 10 pessoas na BR-101 no extremo sul da Bahia,


O acidente envolvendo um ônibus que causou a morte de 10 pessoas na BR-101, no extremo sul da Bahia, pode ter ocorrido por falha do motorista, segundo aponta o delegado Maderson Souza Dias. Ele recebeu os resultados dos laudos periciais nesta terça-feira (16) do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
O ônibus, que viajava da cidade de Vitória, no Espírito Santo, para Itamaraju, perdeu o controle na Curva da Tarifa, no km-895, e caiu em uma depressão de quatro metros de profundidade. Nove pessoas morreram no local, uma no hospital e 17 se feriram.


Trecho do laudo indica que motorista perdeu a lucidez por alguns instantes, momento em que o veículo saiu da pista
"Foram dois laudos, um baseado nas imagens cedidas pela empresa, que concluiu que o veículo estava em boas condições, sem anomalias. O segundo foi sobre o local e o veículo. Os peritos concluíram que o veículo foi direcionado para o lado esquerdo e invadiu a pista. E, segundo as filmagens, há sincronia da cabeça do motorista saindo e retornando. Eles acham que isso se deve à falta de lucidez, por alguns centésimos de segundo, antes do acidente", afirma o delegado.

Maderson Souza Dias afirma que recebeu testemunhas do Espírito Santo, após recebimento dos laudos, para o prosseguimento das investigação. "O caminho está indo por isso mesmo. O inquérito vai informar se houve negligência ou não", disse.
O ônibus interestadual da empresa Águia Branca transportava 31 passageiros, de acordo com informações da empresa. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que o motorista perdeu o controle do veículo na curva, que é considerada "perigosíssima", e caiu em uma depressão de cerca de quatro metros de profundidade.



Na ocasião, a empresa informou que não descartava a possibilidade do motorista ter dormido, porém, não trabalha com essa hipótese. A Águia Branca disse que o motorista atuava há três anos na empresa e que não tinha qualquer antecedente de acidente ou restrição de atuação.

 "Saliento que essa região tem muita neblina nessa época do ano por conta de mudanças nas condições climáticas. Não podemos confirmar que isso tenha sido a causa, é somente uma das hipóteses", disse na ocasião o sargento Ivan Moura, chefe da guarnição do Corpo de Bombeiros.