segunda-feira, 8 de julho de 2013

Guardas Municipais reivindicam equipamentos de proteção para o exercício da função.


Em audiência pública nesta segunda-feira, 3, a Câmara Municipal de Fortaleza discutiu a disponibilização de armamento de fogo para os servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza. O debate, proposto pelo vereador Márcio Cruz (PR), apresentou o modelo de gestão implementado na cidade de Curitiba e os resultados obtidos do município, em que a Guarda Municipal conta com o porte de arma. Márcio Cruz destacou a situação enfrentada por guardas municipais na Capital cearense, que reivindicam melhores condições de trabalho. O parlamentar enfatizou o compromisso do prefeito Roberto Cláudio com a capacitação e armamento da Guarda Municipal. Dentre os problemas na instituição estão ainda o sucateamento das viaturas, militares ocupando cargos comissionados e o deficit salarial. “O guarda não tem uma motivação para prestar o bom serviço. Problemas em acúmulo ao longo de oito anos, deixando muitas vezes o servidor de lado”, apontou. O diretor da Guarda de Curitiba, Frederico Carvalho, relatou a política de segurança implantada na cidade, que conta com o armamento dos guardas municipais com foco na prevenção dos conflitos e da criminalidade. Os servidores, dividido em nove núcleos regionais, contam com equipamentos letais (pistola 380, carabina 12 e o revólver 38) e capacitação para o exercício da serviço. Em Curitiba a Guarda Municipal, que integra a Secretaria de Defesa Social, desenvolve ações de prevenção nas escolas de Curitiba, dentre os projetos o destaque é para a Guarda Municipal Mirim. Outros pontos trabalhados pela instituição são o combate ao tráfico de entorpecentes, em conjunto com a Polícia Militar e Civil do Estado, e as pichações, que como apontou Frederico Carvalho, estão por trás de muitos delitos, crime que nos primeiros três meses de 2013 já registrou mais de 200 ocorrências pelo órgão. Em relação ao armamento da Guarda Municipal de Fortaleza, o inspetor Fábio Aquino, representando a gestão municipal, atentou para um planejamento do Executivo sobre a questão. Segundo o inspetor a medida é vista como uma necessidade para o exercício do serviço público no Município, atendendo um clamor da categoria e da população por uma melhoria na segurança pública da Capital. Para o presidente interino da Associação dos Profissionais da Segurança Pública no Estado (Aprospec), inspetor da Policia Civil Gustavo Simplício Moreira, o poder público precisa implementar ações efetiva. O dirigente fez uma comparação dos equipamentos da Guarda Municipal e dos utilizados em crimes, o que mostra a vulnerabilidade no exercício da profissão, estando os guardas apenas com o taser (arma de choque). “Os governos devem acordar para a questão e não continuar com o sistema que vem sendo implementado nos último oito anos”, pontuou. O debate contou com a participação do comandante do Grupo Tático de Apoio (GTA) da Guarda de Maracanú, inspetor Everton de Sousa ; o guarda municipal Arthur Cavalcante, que já coordenoou a Guarda de Pacajus; a guarda municipal Kátia Costa, instrutora de treino credenciado pelo Exército e pela Academia Nacional de Tiro.