Os estudantes de medicina que começarem o curso em 2015 terão
que trabalhar por dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) como requisito
necessário para ter o diploma. A medida valerá para todas as escolas de
medicina públicas e privadas do país, mas ainda vai demorar a ter resultados.
Os estudantes vão começar esse segundo ciclo da formação apenas em 2021, quando
tiverem passado pelos seis anos do primeiro ciclo de formação. A norma faz
parte da medida provisória (MP) editada nesta segunda-feira pela presidente
Dilma Rousseff com ações voltadas para a saúde pública. Entre elas estão as
regras para o programa "Mais Médicos". O programa prevê o
preenchimento das vagas na atenção básica à saúde nas regiões onde há carência
desses profissionais.
Será dada prioridade aos médicos com registro no Brasil, que
deverão começar suas atividades em 2 de setembro. As vagas que sobrarem vão
primeiramente para os brasileiros formado no exterior e, por fim, para os
médicos estrangeiros. Estes devem começar a trabalhar em 18 de setembro. O
número de vagas ainda não foi fechado e vai depender da demanda. Hoje, o curso
de medicina prevê quatro anos de formação teórica e dois de estágio obrigatório
em regime de internato, totalizando seis anos. A partir de 2015, os alunos de
medicina continuarão a fazer um curso de seis anos, mas depois disso passarão
um ano no serviço de atenção básica do SUS, e depois mais um ano nos serviços
de urgência e emergência, como por exemplo o Samu. O Conselho Nacional de
Educação (CNE) terá um período 180 dias para regulamentar esse segundo ciclo do
curso.