segundo o ministro da saúde Alexandre Padilha, que esteve em
Salvador para participar do ato de mobilização junto a representantes de
prefeituras, na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB). Em entrevista ao
programa Raio X, da Rádio 100, o titular da pasta afirmou que o número exato de profissionais de saúde
que devem atender a periferias e ao interior do estado depende das cidades que
quiserem aderir ao programa até o fim do prazo. “Nossa meta é garantir médicos
para a Bahia para todos que precisarem de Saúde Básica. Além dos 264 municípios
com alta falta de médicos na Bahia, a periferia de Salvador e a Região
Metropolitana também sofrem com a escassez”, disse. De acordo com a assessoria
do governo do Estado, durante o evento, 100 municípios já manifestaram
interesse de participar. Padilha também adiantou que o governo já se prepara
para responder ao pedido feito pelo
Supremo Tribunal Federal de esclarecimentos sobre a urgência da implantação do
programa a partir de Medida Provisória, após pedido do deputado federal Jair Bolsonaro
(PP-RJ). “Já começamos a fazer isso, juntando a Advocacia-Geral da União e a
Casa Civil. As solicitações demonstram a urgência do programa. Nós já temos
unidades de saúde prontas e equipadas, que precisam apenas de médicos”,
afirmou, em conversa com os jornalistas Evilásio Júnior e Ricardo Bial. O
ministro também considera que a barreira linguística não é um “obstáculo” para
a entrada de médicos estrangeiros no país. “Às vezes é mais rápido treinar um
médico a se comunicar do que esperar um médico se formar. Se língua fosse
obstáculo, não haveria Médicos Sem Froteiras”, comparou.