sábado, 22 de junho de 2013

Wagner defende uso ‘progressivo’ de força policial nos atos


Apesar das críticas dos manifestantes, a atuação da Polícia Militar na quinta foi positiva na avaliação do governador Jaques Wagner, que disse ainda que os policiais apenas revidaram as agressões.
“A ação da PM foi considerada boa. Houve negociação na primeira, segunda barreira. Na terceira, limite do ponto de vista da segurança do evento, muitos manifestantes se sentaram. Aí começa a pedrada de lá pra cá. Não podemos ser ingênuos na hora que você tem 40 mil pessoas e 5 mil policiais tentando manter a ordem”, declarou ontem o governador à imprensa na Governadoria. Para Wagner, o uso da força foi também necessário para garantir a segurança das pessoas que foram à Fonte Nova. “Defendo o uso progressivo da força. Como governador, tenho a incumbência de garantir o direito de ir e vir das pessoas”.

Wagner garantiu que a Secretaria da Segurança Pública (SSP) vai investigar  excessos da polícia. Com relação ao caso de o ocupante de uma caminhonete Ranger do governo do estado que passou atirando para o alto na região do Politeama, o governador afirmou que a SSP já identificou a secretaria e o motorista e “as providências serão tomadas”, declarou sem revelar o órgão e o nome do motorista.

 

O governador informou ainda que o esquema de segurança deve ser reforçado hoje em hotéis usados por integrantes da Fifa, e que, em caso de novos protestos, o objetivo é de manter o diálogo com os manifestantes, mas garantindo o direito de ir e vir dos torcedores que vão para a  Fonte Nova.

Wagner classificou os protestos como um “despertar para a democracia”, mas pediu que  manifestantes se organizem, argumentando que só conhece a demanda do Movimento Passe Livre. “É impossível dialogar sem saber por que estão se movimentando.  O despertar da cidadania da juventude empolga, mas tem que ficar atento para que o protesto não seja guarda-chuva para quem não tem apreço pela democracia”.