Apesar das
críticas dos manifestantes, a atuação da Polícia Militar na quinta foi positiva
na avaliação do governador Jaques Wagner, que disse ainda que os policiais
apenas revidaram as agressões.
“A ação da
PM foi considerada boa. Houve negociação na primeira, segunda barreira. Na
terceira, limite do ponto de vista da segurança do evento, muitos manifestantes
se sentaram. Aí começa a pedrada de lá pra cá. Não podemos ser ingênuos na hora
que você tem 40 mil pessoas e 5 mil policiais tentando manter a ordem”,
declarou ontem o governador à imprensa na Governadoria. Para Wagner, o uso da
força foi também necessário para garantir a segurança das pessoas que foram à
Fonte Nova. “Defendo o uso progressivo da força. Como governador, tenho a
incumbência de garantir o direito de ir e vir das pessoas”.
Wagner
garantiu que a Secretaria da Segurança Pública (SSP) vai investigar excessos da polícia. Com relação ao caso de o
ocupante de uma caminhonete Ranger do governo do estado que passou atirando
para o alto na região do Politeama, o governador afirmou que a SSP já
identificou a secretaria e o motorista e “as providências serão tomadas”,
declarou sem revelar o órgão e o nome do motorista.
O governador
informou ainda que o esquema de segurança deve ser reforçado hoje em hotéis
usados por integrantes da Fifa, e que, em caso de novos protestos, o objetivo é
de manter o diálogo com os manifestantes, mas garantindo o direito de ir e vir
dos torcedores que vão para a Fonte
Nova.
Wagner
classificou os protestos como um “despertar para a democracia”, mas pediu que manifestantes se organizem, argumentando que
só conhece a demanda do Movimento Passe Livre. “É impossível dialogar sem saber
por que estão se movimentando. O
despertar da cidadania da juventude empolga, mas tem que ficar atento para que
o protesto não seja guarda-chuva para quem não tem apreço pela democracia”.