Na semana
seguinte à onda de protestos que deixou um rastro de destruição no Rio, a
Polícia Militar adotará novas estratégias para dispersar manifestantes. Além do
gás lacrimogêneo, do spray de pimenta e das balas de borracha usadas na semana
passada, os policiais do Batalhão de Choque agora tem à disposição um
caminhão-pipa equipado com mangueira de alta pressão e tanque.
O veículo
foi escoltado por batedores do Choque, anteontem, até o batalhão, na Cidade
Nova. Caminhões semelhantes são usados em outros países a Turquia é um
exemplo recente para dispersar manifestantes.
Choque terá
carro-pipa à disposição para dispersar protestos
Além do novo
caminhão, policiais do Choque afirmaram que
houve renovação do estoque de armas não-letais. A PM nega o fato.
No boletim
interno da Polícia Militar publicado na última sexta-feira, o Comando-Geral da
corporação determinou que todo o efetivo entrasse em regime de sobreaviso. A
medida passou a valer neste sábado. Todas as unidades operacionais terão
efetivo diário de 50 policiais para atuar em manifestações nas suas áreas de
atuação.
No
boletim interno da Polícia Militar publicado na última sexta-feira, o
Comando-Geral da corporação determinou que todo o efetivo entrasse em regime de
sobreaviso
Destes, 30
formarão uma tropa de choque para dispersar manifestantes, e 20 PMs serão
usados em patrulhamento para "busca e apreensão" em áreas de
protestos. Apesar da publicação no boletim da corporação, a PM diz que a escala
de serviço não sofreu alterações.
Cerca de 500
homens do 5º BPM (Praça da Harmonia) estarão no batalhão para reforçar o
policiamento num eventual protesto, nesta segunda-feira à tarde. O objetivo é
evitar que policiais voltem a ficar acuados por manifestantes, como na última
segunda-feira, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A PM não confirma o
efetivo do batalhão "por questões estratégicas".
Protestos
deixaram rastro de destruição no Centro do Rio nesta quinta-feira.
Manifestantes
numa rede social da internet divulgam informações contraditórias sobre a
realização de um protesto nesta segunda-feira. Os grupos Anonymous Rio e Fórum
de Lutas Contra o Aumento da Passagem anunciam que não haverá manifestação.
Entretanto, o Grupo Nova Era Brasileira confirma uma caminhada, que se
concentrará às 17h na praça da Igreja da Candelária, no Centro do Rio. Até a
noite deste domingo, mais de 30 mil pessoas confirmaram participação.