quinta-feira, 6 de junho de 2013

Justiça de São Paulo negou um pedido de R$ 760 mil de indenização por danos morais a Suzane von Richthofen.

Na última segunda-feira (3), a Justiça de São Paulo negou um pedido de R$ 760 mil de indenização por danos morais a Suzane von Richthofen, presa desde novembro de 2002, condenada a 39 anos de prisão por participar da morte dos pais, Marísia e Manfred Albert von Richthofen.
Suzane queria ser indenizada pelo Estado porque teria sido obrigada a falar com a imprensa quando foi beneficiada com um habeas corpus em 2005.
Ela acusa a diretora do Centro de Reabilitação de Rio Claro/SP, Irani Aparecida Torres, de ameaçar "lançá-la à multidão", caso não concedesse entrevista aos repórteres. "Ou você aparece ou então vou abrir o portão e jogá-la na rua", teria sido as palavras da diretora, de acordo com a acusação.
Suzane também alegou que a diretora a fez passar a noite anterior a sua soltura acordada e sem alimentação.
De acordo com o processo, duas testemunhas afirmaram que viram a diretora dizendo que Suzane deveria dar a entrevista, se não apanharia e seria jogada à multidão. "Suzane chorava por desespero e medo", afirmaram as testemunhas.
Entretanto, o juiz de Direito Thiago Massao Cortizo Teraoka questionou a parcialidade das testemunhas, já que uma era advogada amiga de Suzane e não tinha sua entrada no centro de reabilitação registrada no dia dos fatos. A outra testemunha tinha um histórico de desavenças com a diretora Irani Torres.
A diretora Irani Torres negou as acusações, e também apresentou testemunhas que negaram a ameaças.
O juiz afirmou ainda que "é difícil crer que a Dra. Irani iria mandar bater em Suzane, uma pessoa inteligente, perspicaz e muito conhecida, no dia da sua liberdade. Ora, isso só se a Dra. Irani fosse absolutamente inconsequente e "ingênua" (o que é incompatível com o seu cargo), pois bastaria uma palavra de Suzane perante a imprensa que a Dra. Irani poderia perder o seu cargo e ainda tomar uma representação criminal".
Cabe recurso da decisão, mas os advogados de Suzane preferiram não se manifestar, porque ainda não foram notificados oficialmente da decisão.