Um suposto tratamento, praticado em santuários pelo Afeganistão há mais de 300 anos, vem sendo alvo de críticas por parte de profissionais da Saúde e especialistas, que os consideram ineficazes e ultrapassados. O ritual propõe uma prisão de 40 dias como forma de cura a pessoas com deficiência mental, "possuídas por espíritos" e dependentes químicos. É necessário ainda fazer uma dieta à base de pão, água e pimenta preta.
Santuários como Mia Ali Baba, em Jalalabad, também são acusados de se basearem em superstições religiosas para lucrar com a vulnerabilidade alheia. Por outro lado, os guardiões desses locais afirmam estar contribuindo com a saúde da população, além de, segundo eles, estarem defendendo o legado de seus ancestrais - como um homem considerado santo, chamado Ali Baba, que teria vivido naquela região da cidade para cuidar de doentes mentais rejeitados pela sociedade.
O diagnóstico dos pacientes é dado pelos responsáveis destes santuários. Se perceberem uma melhoria, os internos podem ser desacorrentados, passando alguns minutos soltos para rezar, caminhar ou visitar uma casa de banho adequada.