Cerca de 40 mil manifestantes já estão a 1,5 quilômetro do Castelão, na avenida Alberto Craveiro em protesto em Fortaleza. O movimento pacífico, porém, teve clima tenso por volta das 12h30, quando alguns participantes identificados como de um grupo anarquista arremessaram objetos e bombas caseiras contra o bloqueio policial que se formou aos arredores do estádio que receberá Brasil x México nesta quarta-feira, pela Copa das Confederações.
Um comandante da operação e Coronel da Polícia Militar do Ceará falou à Rádio Gaúcha sobre as manifestações:
Esse grupo infiltrado na parte central conseguiu subir na grade, jogaram tijolo, recebi três pedradas no capacete. A gente teve que recuar, estávamos fazendo a contenção de braço dado. A orientação é não chegar ao Castelão. A tropa de choque está usando uma munição não letal disse.
O comandante explicou que a prioridade do policiamento é zelar pela segurança da população:
Tenho que pensar no cidadão que está lá. Se você saca uma arma e dá um tiro, aí você é crucificado. Temos oito policiais feridos, inclusive eu. A tropa de choque tem capacidade para manter (a ordem). Mas o público é muito grande, ouvi falar em 40 mil pessoas relatou.
A polícia reagiu com bombas de efeito moral e houve correria no local. A maioria dos manifestantes agem de forma pacífica. Eles reivindicam melhorias no transporte público, na saúde e na educação, além de contestarem a realização da Copa do Mundo no país.
Outro momento de tensão foi quando um grupo se aproximou do protesto com bandeiras de partidos políticos. Após vaias, o protesto seguiu de maneira tranquila até os arredores do Castelão, onde os manifestantes pretendem ficar até o início da partida da Seleção Brasileira contra a mexicana.
