A família da estudantes de enfermagem Silvania dos Santos Oliveira,
de 30 anos, morta com um tiro na cabeça durante uma troca de tiros entre
policiais do 41º BPM (Irajá) e quatro homens que assaltavam uma van em
Coelho Neto, na Zona Norte do Rio, na noite de sexta-feira, espera uma
investigação rigorosa da PM para saber de onde partiu o tiro.
Como havia reféns na van, acredito que os policiais não
deveriam ter atirado assim. Podiam ter cercado o local. Minha irmã
estava voltando do curso de enfermagem e ia se formar em janeiro. Tinha
um futuro. Realmente espero que o caso não fique impune disse um dos
nove irmãos de Silvania, Robson Oliveira, de 33 anos.
Silvania
morava com a mãe, de 74 anos, no morro da Pedreira, em Costa Barros. Ela
será enterrada neste domingo, às 10h, no Cemitério de Irajá.
Policiais da 28ª DP (Campinho) afirmaram que a autoria do disparo
será investigada, mas que, pela posição do corpo, a bala que a atingiu
não deve ter saído das armas deles. Segundo os agentes, uma viatura
passava pela Rua Cajurana quando os PMs foram informados que quatro
homens armados haviam entrado em uma van. Os policiais seguiram o
veículo e, quando chegaram no trecho sob a Avenida Brasil, os suspeitos
dispararam. Os policiais afirmaram que tiraram nos pneus da van para que
ela parasse.
Em Fazenda Botafogo, os bandidos desceram da van e
houve nova troca de tiros. Dois acusados fugiram. Ferido de raspão no
pescoço, Cleiton Medeiros da Silva, de 26 anos, foi levado para a
delegacia. Leandro de Oliveira Caetano, de 30 anos, também foi preso.
Silvania foi encontrada caída no fundo da van e, em seguida, foi levada para o Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu.