sexta-feira, 28 de junho de 2013

Empresário de Eunápolis é preso no Espírito Santo



Um dos três acusados de participar do assassinato de Anastácio Cassaro, ex-prefeito de São Gabriel da Palha (noroeste do Espírito Santo), Fernando de Martins, se entregou a polícia capixaba, na quinta-feira (20), depois de mais de um ano foragido.

De Martins é empresário e fazendeiro. Ele morava em Eunápolis quando sua prisão foi decretada.

A família da vítima ficou surpresa com a prisão, já que o empresário, que tem negócios em Eunápolis e microrregião, seria - teoricamente - o mais difícil de ser capturado.

Ainda continuam foragidos dois condenados pelo crime: Edvaldo Lopes de Vargas – pai do prefeito mo município, Henrique Vargas (PRP) – e Luiz Carlos Darós (conhecido como “Rosquete”).

O julgamento que condenou os acusados pela morte do ex-prefeito foi realizado em 10 de junho de 2011 e a prisão cautelar deles expedida em 29 de fevereiro de 2012, mas eles nunca foram capturados.

A filha do ex-prefeito, Sandra Cassaro, que está há mais de um ano sob proteção policial por ter recebido ameaça de morte, e disse que espera que os outros dois foragidos sejam presos.
ENTENDA O CASO

Anastácio Cassaro, ex-prefeito de São Gabriel da Palha, foi assassinado no dia 3 de abril de 1986, com dois tiros na cabeça, dentro de seu automóvel. O crime aconteceu em uma rua no bairro Goiabeiras, em Vitória. O filho da vítima, o ex-deputado estadual Arildo Cassaro, e seu sobrinho, Evaldo de Castro, também estavam no veículo.

No dia do assassinato, Anastácio Cassaro estava em Vitória para cuidar dos preparativos para a Festa do Café de São Gabriel da Palha. O evento contaria com a presença do então presidente José Sarney.

O MOTIVO

De acordo com denúncia feita em abril de 1986, o prefeito foi assassinado por motivo torpe, ou seja, vingança e ambição política, para que o o vice-prefeito Firmino Martins assumisse o cargo.

OS MANDANTES

Na época, investigações indicaram que o crime teve como mandantes o filho do vice-prefeito do município na época, Fernando Lourenço de Martins, e o médico Edvaldo Lopes de Vargas. Também estariam envolvidos na morte Jorge Antônio Costa, Carlos Smith Frota (já foi condenado a 15 anos de prisão em julgamento em abril) e Luiz Carlos Darós. Os três últimos permaneceram na prisão até 18 de julho do mesmo ano, quando passaram a responder o processo em liberdade.